Os laudos do Instituto de Criminalística e da Urbs sobre o acidente de ônibus que resultou na morte de Cleonice Ferreira Golveia, 29 anos, não apontaram falhas no sistema de segurança da porta de onde a vítima caiu.
O resultado do instituto foi recebido, ontem, pelo delegado Armando Braga de Moraes Neto, titular da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran). Segundo ele, ainda não foi possível chegar a uma conclusão do que aconteceu.
Em 28 de janeiro, Cleonice ia para o trabalho no ligeirinho da linha Curitiba/Araucária, quando, na Vila Verde (CIC), a porta abriu. A mulher caiu embaixo do ônibus e a roda traseira passou sobre sua cabeça.
Sistema
Segundo o delegado a única maneira de a porta ter aberto seria acionando a válvula que fica em um painel, em cima da própria porta. “Este painel, segundo as testemunhas, não foi tocado por ninguém”, explicou. Ele lembrou também que o sistema que impede o motorista de abrir a porta com o veículo em movimento funcionava corretamente. O delegado espera o resultado de outros exames.
Urbs
A Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor do Ministério Público do Paraná (MP-PR) havia solicitado outras duas perícias no veículo: uma pela Urbs e outra pela empresa Araucária Transporte Coletivo.
O laudo da Urbs foi emitido na quarta-feira e, segundo a assessoria de imprensa do órgão, também não constatou nenhum problema mecânico, pneumático ou elétrico no veículo. Até a tarde de ontem, a promotoria não havia recebido o resultado.