O laudo do Instituto Médico-Legal apontou que Clemans Abujamra, 51 anos, foi assassinada com 12 facadas. Os golpes se concentraram na barriga, mas machucados nas orelhas e pescoço indicavam que ela lutou com o assassino. O corpo foi encontrado segunda-feira, na frente de um terreno baldio, na Rua Abrão Lerner, Batel.

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De acordo com a Delegacia de Homicídios, a grande violência empregada enfraquece a hipótese de latrocínio (roubo com morte). Outras linhas de investigação são seguidas pela DH, porém não foram divulgadas. “Temos imagens da vítima deixando o apartamento, no Bigorrilho, no sábado à noite, mas ainda não temos um suspeito”, disse o delegado Rubens Recalcatti.

Briga

Ele preferiu não comentar sobre a briga judicial, em que Clemans está envolvida desde 2003, em função de herança. A disputa é com relação a ações da Companhia Fábrica de Papel Itajaí, do pai dela, Feres Abujamra Netto, assassinado em 1972. Clemans e as irmãs reclamavam as ações no valor de R$ 3,4 milhões. Porém, R$ 2,6 milhões teriam sido transferidos sem conhecimento delas.

A desembargadora Regina Afonso Portes deu ganho de causa à família Abujamra. Porém em 2005, a direção da Companhia e Roni Lavratti, sucessor de Ernesto Lavratti, que disputa com a família Abujamra as ações da fábrica, entraram com recurso junto ao STJ. O agravo foi julgado a favor da família de Clemans e o processo foi devolvido ao TJ-PR, que informou que continua sem decisão final para o imbróglio. Recalcatti disse que a princípio não haveria relação deste processo com o homicídio.

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