O Instituto de Criminalística do Paraná emitiu, ontem, o primeiro laudo sobre a fita contendo a conversa entre a funcionária de um posto de combustíveis Patrícia Cabral e Luiz Carlos Cândido, suspeitos de participar do assalto ao posto, em maio deste ano. A constatação é de que a gravação é autêntica, isto é, não houve qualquer edição ou montagem no diálogo.
De acordo com o delegado Rubens Recalcatti, titular da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), o próximo passo será descobrir se a voz é realmente de Patrícia. Para isso, a fita será encaminhada ao Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília. O resultado desse laudo poderá demorar mais de um mês para ser emitido. Enquanto isso, a garota continua indiciada no inquérito como participante do roubo, decisão tomada pelo delegado quando a fita lhe foi entregue, no começo deste mês. ?A prisão dela dependerá deste segundo resultado?, disse Recalcatti.
Além de precisar a autenticidade da fita, peritos do Paraná também degravaram o conteúdo. Durante a conversa gravada, Patrícia diz que pediu para levar o tiro porque queria uma indenização de R$ 150 mil. Luiz Cândido, com quem conversou pelo telefone, está foragido.
Assalto
O assalto ao posto de gasolina chocou pelo fato de Patrícia, grávida de cinco meses na época, ter sido baleada na barriga. A imagem dos bandidos foi filmada pelo circuito interno do estabelecimento, que registou a ação dos marginais levando um cofre, com cerca de R$ 60 mil, e o momento que um deles volta e dá o tiro na frentista. Patrícia, que até o começo do mês protagonizava como vítima, passou a ser acusada de mentora intelectual do plano. Seria ela quem planejou o assalto.
