Os crimes de latrocínio (roubo com morte) ocorridos em 2007, em Curitiba, diminuíram 42% em comparação a 2006. O dado foi revelado ontem pelo delegado Rubens Recalcatti, da Delegacia de Furtos e Roubos. Segundo ele, o combate às quadrilhas de assaltantes e o policiamento ostensivo, feito pela Polícia Militar, são alguns fatores que ajudaram na redução dos crimes.
De acordo com o delegado, os registros são referentes apenas a casos atendidos pela DFR, uma vez que muitos assassinatos com roubo não são encaminhados à delegacia especializada por terem autoria conhecida. Nestes casos, a delegacia da área onde ocorreu o crime é responsável pela investigação.
Em 2006, a DFR abriu 31 inquéritos de latrocínio. Destes, 12 foram solucionados e culminaram na prisão dos autores, o que eqüivale a 38% dos crimes elucidados. Em 2007, até ontem, a delegacia registrou 18 inquéritos envolvendo roubo com morte. Destes, sete estão solucionados. Apesar do número ter reduzido, manteve-se em 38% a média de elucidações, porém 17 pessoas foram presas. ?Isso mostra que a maioria dos latrocínios não é cometida por apenas uma pessoa, mas por quadrilhas especializadas em assalto?, disse o delegado.
Dos crimes cometidos em 2007, onze estão sem solução. Entre eles se destaca um ocorrido dia 10 de novembro, quando a proprietária da loja Mansão das Fantasias, Tânia Cristina Mikosz, 49 anos, foi assassinada com um tiro na cabeça. Ela foi abordada no estacionamento de sua loja, no Centro, quando se preparava para ir embora. Os bandidos tentaram roubar seu carro, mas após atirar na comerciante, fugiram sem levar nada. Outro crime que chocou foi o cometido a um ônibus de turismo, em 15 de agosto. Um motorista e dois passageiros foram assassinados por três marginais, no Bairro Alto. ?Todos os casos foram muito graves, mas estes dois, em especial, chocaram pela violência. Ainda estamos investigando, mas até agora não temos indícios concretos que levem à autoria dos crimes?, disse Recalcatti.
Na busca pelos criminosos, o delegado ressalta a importância da ajuda da população, que cada vez mais se sente encorajada em denunciar, e das testemunhas, que vão até a delegacia e fornecem as características físicas para a confecção do retrato falado.
