O homem acusado de matar um comerciante para roubar-lhe a arma foi apresentado ontem pela polícia de Piraquara. O servente de pedreiro Jair Mecca, 22 anos, confessou ter atirado duas vezes em Adílson Moreira, 33, às 13h30 de segunda-feira dentro de seu mercado, no cruzamento das ruas Padre Anchieta e Monte Castelo, Jardim Bela Vista. A intenção do autor e de seu comparsa, até agora foragido, era tomar o revólver calibre 38 do comerciante, que teria reagido ao assalto.
Jair foi preso quatro horas depois do crime pela Polícia Civil da cidade. “Algumas ligações anônimas e um menor que detivemos entregaram o nome do autor”, disse o delegado Joel Bino de Oliveira. O acusado foi detido na Vila Macedo, em Piraquara, onde mora há um ano e meio. “Ele tentou fugir correndo, mas foi capturado e confessou o crime”, disse Bino.
O comerciante tinha o hábito de andar armado e ostentando seu revólver, fato que atiçou Jair, que o conhecia de vista. “O revólver dele era melhor. Então convidei o `Catatau’ para roubar a arma”, conta o preso, referindo-se ao apelido de seu comparsa. “A intenção era praticar outros crimes”, disse o delegado.
Jair alega que, na ocasião do assalto, em vez de entregar-se Adílson sacou a arma e fez um disparo. “Então atirei três vezes. Acertei a mão e o coração dele”, disse, com frieza. O preso afirma que levou a arma do comerciante, mas alega ter deixado esta e a usada por ele no crime com o comparsa. Os autores não levaram dinheiro ou outros bens do estabelecimento.
O servente fugiu há cerca de dois anos da Colônia Penal Agrícola, onde cumpria pena de cinco anos e quatro meses por assalto a ônibus. Agora será indiciado por latrocínio. Os próximos passos da polícia de Piraquara são a localização e a prisão do co-autor do crime.