Ladrões tiraram a vida de mais um taxista de Curitiba. Por alguns trocados e mais o aparelho de som do automóvel, Jahir Pires do Nascimento, 61 anos, foi morto com um tiro nas costas numa estrada vicinal e deserta perto do Parque do Embu, no bairro Roça Grande, em Colombo. Ainda não há pistas dos criminosos, que abandonaram o carro a poucos quilômetros do local do latrocínio.
Ontem de manhã, depois de notar a falta de seu empregado e antes do corpo ser localizado, o dono do táxi prestou queixa na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos. “A família também ligou para o 190, relatando a demora dele em retornar para casa”, disse o tenente Maier Passos, do 17.º Batalhão da Polícia Militar. A vítima morava no bairro Fazendinha e tinha seu ponto nas proximidades de um bingo no Juvevê.
Achado
A caminho do trabalho, o chacareiro Estanislau Plavaq topou com o corpo no meio da estrada de chão e avisou a polícia, às 7h30 de ontem. Jahir estava com os óculos e as roupas bem alinhadas Å sinal de que não esboçou reação nem entrou em luta com os assassinos. A seu lado, ficaram espalhados alguns documentos como a carteirinha de taxista, expedida pela Urbs, e fotos 3×4 dele e de supostos familiares.
Uma moradora da região disse ter escutado tiros perto das 22h de segunda-feira, mas não soube precisar o local de origem. A perita Vilma Berkendorf, do Instituto de Criminalística, confirmou que o crime foi cometido naquele mesmo ponto. “A vítima sujou as mãos de terra ao apoiar-se no chão”, disse. Vilma estimou, porém, que o assassinato ocorreu no início da manhã de ontem. O tiro, disparado a curta distância, atingiu o lado direito das costas de Jahir.
O superintendente Fernando Lima, da delegacia de Colombo, detectou rastros da manobra de um carro na terra, fazendo meia-volta em direção à Rodovia da Uva. No início da tarde de ontem, a PM localizou o Uno AFH-4289, prefixo 1635, na Colônia Antônio Prado, em Colombo, a quatro quilômetros do local do assassinato.
Carro
O Fiat Uno foi periciado mas nenhum vestígio de luta ou sangue foi localizado. “Como não encontramos nenhum pista, o carro ficará no pátio da delegacia e depois será devolvido ao proprietário”, informou o superintendente. Durante a vistoria, familiares da vítima notaram que o rádio do carro havia sido levado, o que comprovou o crime de latrocínio.
O policial informou ainda que a vítima deve ter apanhado seus passageiros nas proximidades de onde faz ponto e realizou uma corrida até Colombo, onde foi executado. Segundo os familiares, Jahir não tinha o costume de usar relógio e sempre carregava consigo pouca quantia em dinheiro. Também não possuía arma.
A polícia espera nas próximas horas obter informações sobre a última corrida feita pela vítima e assim conseguir dados sobre os assassinos.