João de Noronha
Edson ajudava a família, depois
do trabalho, como confeiteiro.

Ser proprietário de estabelecimento comercial em Curitiba está se transformando em atividade de risco. Na edição de ontem, a Tribuna destacou o sofrimento e o medo que os comerciantes do Jardim Itália, em Santa Felicidade, têm passado em relação aos constantes assaltos. E, na noite de quinta-feira, um assalto terminou na morte de um jovem empreendedor no bairro Campo Comprido.

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Eram 19h40, quando dois marginais – um deles armado com uma espingarda artesanal – invadiram o mercado situado na Rua Jaraguá do Sul, Conjunto Colibri, Vila Augusta. Demonstrando nervosismo, os ladrões se aproximaram do caixa, onde conversavam Edson Nascimento, 23 anos, seu pai, dono do mercado, e um amigo. Sem dizer nada, um dos marginais disparou contra o jovem, que foi atingido mortalmente no peito.

Após o tiro, os marginais ordenaram que fosse entregue o dinheiro. O pai da vítima entregou R$ 700,00, mas, ao ver seu filho agonizando ferido, entrou em desespero e começou a gritar. Os assaltantes aproveitaram para sair correndo do estabelecimento, um para cada lado. Eles foram descritos com idade entre 16 e 19 anos.

A vítima foi socorrida e encaminhada à Unidade de Saúde 24h do Campo Comprido, mas chegou morta.

Investigação

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Edson trabalhava como confeiteiro em um hotel de alto padrão, na Cidade Industrial de Curitiba. Todos os dias, logo após sair do trabalho, ele ajudava o pai na mercearia da família. Na noite de quinta-feira, Edson repetiu sua rotina pela última vez.

O delegado Rubens Recalcatti, da Delegacia de Furtos e Roubos, esteve no local com sua equipe, assim como policiais militares sob o comando do tenente Werner. Segundo Recalcatti, pelas informações obtidas, quatro homens participaram do assalto, mas somente dois deles efetivamente. Antes do crime, testemunhas disseram ter visto um Corsa preto seguindo os passos do confeiteiro e o único ocupante falando em um telefone celular. Pouco tempo depois de Edson entrar na mercearia do pai, os ladrões invadiram o local.

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Algumas hipóteses estão sendo averiguadas pela DFR. Primeira é o crime de roubo e morte (latrocínio). A outra, menos provável, é que o confeiteiro seria o alvo dos marginais. O delegado espera contar com o repasse de informações por eventuais testemunhas. Quem tiver dados que possam auxiliar as investigações deve entrar em contato com a DFR pelo telefone 3262-2800.