Ladrões levam até avião

Numa ousada ação que durou mais de 10 horas, cinco homens armados roubaram um monomotor do hangar do Clube de Planadores Fazenda Céu Azul, na Serra de São Luís em Balsa Nova. Encapuzados, os ladrões mantiveram como reféns o caseiro e a família desde a noite de segunda-feira e levantaram vôo no início da manhã de ontem. Até a tarde de ontem, o avião não havia sido localizado pela polícia e Aeronáutica.

O dono do barracão, que chamou a PM, relatou que quatro homens renderam e amarraram o caseiro Ozanir, a mulher e o filho às 19h40 de segunda-feira Å Um quinto integrante do bando estaria do lado de fora. A família passou a noite em poder dos invasores. Ontem, perto das 6h, o grupo foi ao hangar, a 500 metros de distância, e entrou no monomotor prefixo PT-JUP, modelo asa alta, para quatro pessoas, branco com listras verdes. ©O caseiro ouviu o som de uma serra, provavelmente usada para cortar a trava da héliceª, relatou o investigador Moacir, da DP de Campo Largo, responsável pela área de Balsa Nova. Segundo as vítimas, os assaltantes portavam pistolas e armas de cano longo.

Um dos bandidos assumiu o controle da aeronave e decolou, junto com os comparsas. Como as vítimas foram amarradas e estavam incomunicáveis, a polícia só tomou ciência às 9h Å tempo suficiente para que o bando tomasse grande distância. ©Os autores conheciam bem o lugar e o funcionamento das máquinasª, disse o investigador. Para azar do proprietário, da família Balatka, o avião, avaliado em pouco mais de R$ 100 mil, não era segurado.

Rastreamento

Assim que soube do roubo, a polícia de Campo Largo comunicou o Cindacta, Infraero e o Departamento de Aviação Civil, na tentativa de rastrear a aeronave. Segundo o major Floriano, do setor de Comunicação Social do Cindacta, um avião em operação regular aciona a torre de comando do órgão, fornece o plano de vôo (rota) e informa a matrícula (prefixo). ©Se o piloto não quiser ser localizado, ignora a torre e voa em baixa altitude para despistar os radaresª, disse o oficial, levantando ainda a possibilidade do prefixo ser alterado a tinta, para que o monomotor não seja identificado pelo Escritório de Aviação Civil no local de pouso. Uma das suspeitas da polícia é que a intenção dos ladrões seja usar a aeronave para o transporte clandestino de drogas. (CS)

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