Trio armado tentou levar o Golf da vítima, em Pinhais. |
Ao tentar impedir o furto do Golf placa AGJ-3132, o professor de cabeleireiro Marcelo Waltrich Gonçalves, 27 anos, foi assassinado com dois tiros, às 21h15 de quarta-feira, em Pinhais. A vítima ainda tentou escapar dos atiradores e correu para casa, mas não resistiu e morreu diante da família. Os marginais, que seriam três homens, conseguiram escapar.
De acordo com as primeiras informações apuradas pelos soldados César e Marcelino, do 17.º Batalhão, Marcelo morava no Boqueirão, em Curitiba, e tinha ido até a casa da sogra, na Rua Rio Iguaçu, Jardim Weisópolis, junto com a mulher e a filha de 3 anos. Ele estava dentro da casa quando ouviu ruídos na rua. Preocupado com o Golf, que tinha deixado estacionado em frente da moradia, junto ao muro, ele foi até o portão verificar o que estava acontecendo e viu três homens tentando abrir seu carro com mixa (chave falsa). Apavorado, Marcelo começou a gritar. A resposta foi dois tiros no peito, disparados por um dos ladrões. Mesmo ferida, a vítima correu para dentro de casa, mas mal conseguiu atravessar a sala e caiu. Familiares do professor ainda chamaram o Siate, mas os ferimentos eram graves demais para que o socorro chegasse a tempo.
Investigadores da Delegacia de Pinhais também estiveram no local do crime e apuraram que, quando surpreendidos pela vítima, os bandidos já haviam aberto o porta-malas do Golf. No vidro traseiro, estava colado um adesivo da Polícia Civil, o que pode ter levado os ladrões imaginarem que a vítima era policial e estava armada. Por este suposto motivo poderiam ter atirado em Marcelo.
Moradores da região informaram à polícia que, após os disparos, viram os três homens embarcando em Fiat Uno de cor escura, rumando em direção a Piraquara.
Falsa denúncia
O delegado Gerson Machado, titular da delegacia de Pinhais, informou que, logo após o crime, uma pessoa telefonou para a delegacia e anonimamente, denunciou dois rapazes. Os policiais foram até a, casa dos supostos criminosos que foram convidados a ir até a delegacia. “Um deles comprovou que estava trabalhando no momento do fato e o outro estava na igreja. Não restou dúvidas de que eles não tem envolvimento com o crime, que são pessoas trabalhadoras e honestas”, afirmou o delegado.
Ele disse que, além de apresentarem álibis, que foram devidamente checados, os rapazes informaram que estão sendo perseguidos. “Qualquer crime que ocorre na região, uma pessoa telefona e indica os dois como autores. Inclusive, eles já foram denunciados para o Cope”, comentou o delegado.
Machado solicitou às pessoas que para que não façam denúncias falsas. “Isso, além de prejudicar as investigações policiais, já que desviam a atenção, causa transtornos para essas pessoas. Sem dúvida, precisamos da ajuda da população para colocar os marginais atrás das grades, mas da colaboração de pessoas sérias”, argumentou Machado.