Dois homens e duas mulheres foram presos, na noite de quinta-feira, suspeitos de participar do roubo, executado pela manhã, contra a agência do HSBC, em Pinhais, de onde levaram mais de R$ 400 mil.

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O bando fez a família do gerente refém durante toda a madrugada. Os irmãos Fábio Mota, 21 anos, e Carlos André Mota, 30, Evelin da Silva Ferreira, 18, e Juliana Rios de Lima Camargo, 20, foram detidos, quando faziam um churrasco para comemorar o assalto, numa casa no Jardim Ipê, em São José dos Pinhais.

Segundo a polícia, eles reagiram à abordagem e um dos assaltantes, identificado como Sidnei Gonçalves da Silva, 28, foi morto a tiros. Quatro comparsas estão foragidos. A identidade do bandido morto ainda é investigada.

Arsenal

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Com o bando, a polícia apreendeu duas fardas da Polícia Militar, além de colete à prova de bala, radiotransmissor e oito armas: um fuzil Colt calibre 5.56 de uso exclusivo da PM e do Exército, um revólver Taurus calibre 38, e seis pistolas (Jericó 9 milímetros, Taurus 24/7 calibre 40, Taurus Milenium calibre 380, duas Taurus 9 milímetros, Taurus calibre 7.65). Também foram recuperados R$ 57 mil roubados e apreendidos 29 quilos de maconha, e veículos.

Os irmãos, segundo a polícia, já tinham passagem por furto e estavam foragidos do sistema penal. As jovens não tinham passagem. Dois dos integrantes da quadrilha seriam de São Paulo e Santa Catarina.

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As prisões foram resultado da rápida ação do Cope (Centro de Operações Policiais Especiais), Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), da Polícia Civil, e da Força Samurai e Companhia de Choque, da Polícia Militar.

Prisão

Denúncia pelo telefone 181 informou o endereço dos suspeitos. A Força Samurai da PM identificou-os por fotografias fornecidas pelo sistema da Polícia Civil. Segundo o delegado Rodrigo Brown de Oliveira, do Cope, os marginais também foram flagrados pelas câmeras do prédio onde o gerente e a família moram, no Alto da XV.

Quando chegaram à residência, encontraram os bandidos fazendo churrasco, com armas na cintura, para comemorar o assalto. Sidnei atirou contra a polícia, que revidou.

Além das armas, 109 munições de vários calibres e droga, foram apreendidas ainda duas motonetas, uma Biz verde, com placas de Foz do Iguaçu, e a Jog, AAW-4821, de Curitiba, um Astra, preto com placas de Pinhais, uma Ecosport branca com placas do estado de São Paulo e um Gol vermelho, com placas sem identificação de local.

Átila Alberti
Os irmãos Carlos e Fábio são foragidos do sistema penal.

Suspeita de envolvimento de policial

Átila Alberti
Armamento pesado e maconha foram apreendidos na casa.

O coronel Jorge Costa Filho, comandante do Policiamento da Capital, informou que está sendo investigado o envolvimento de um policial e da facilitação de algum funcionário do banco, já que dois dos assaltantes usavam fardas da PM e tinham informações sobre a rotina do gerente e do funcionamento da agência. Para comprar uma farda, o coronel contou que o policial costuma mostrar a identidade funcional. “É como se fosse um acordo de cavalheiros”, disse.

Conforme o delegado Rodrigo Brown, para não levantar suspeitas, dois marginais fardados renderam o gerente, quando chegava em casa no final da tarde de quarta-feira.

“Dois ficaram guardando, a esposa e a filha do gerente. Na manhã seguinte, foram com o gerente para o banco. Quando a ação estava em andamento, comparsas ficaram circulando com os reféns com o veículo da família pelo centro de Curitiba, onde foram libertados após o roubo ser concretizado”, contou. O delegado informou que o dinheiro provavelmente seria usado para movimentar o tráfico de drogas.

Profissionais

Para o coronel, a quadrilha planejou muito bem o assalto, mas cometeu alguns erros. “Eles mostraram que não eram amadores, pelo tipo de armamento usado. Mas caíram pelo excesso de confiança. Não existe plano perfeito”, comentou Costa Filho.

O Cope agora trabalha para recuperar o restante do dinheiro, que segundo o banco, soma $ 472 mil reais. “O próximo passo é chegar até os outros quatro elementos que, a princípio, estão envolvidos no caso e foragidos. Além disso, está sendo realizada uma investigação especial para verificar a procedência dos materiais utilizados no crime, bem como as fardas e os armamentos”, disse o delegado Brown.