Ladrão de taxistas é apresentado à imprensa

Depois de ter sido espancado por um grupo de taxistas e de ficar internado no Hospital Cajuru, Carlos Eduardo Rocha, 24 anos, foi apresentado ontem à imprensa. Com os olhos bastante machucados em virtude das agressões sofridas, ele confessou que cometeu dois assaltos a taxistas e que sempre usava a mesma tática: simulava estar armado colocando as mãos sob a jaqueta. O assaltante está detido na delegacia de Pinhais.

Carlos, que quando foi preso apresentou o nome falso de Paulo Rodrigo Ferreira, 28, contou que no último dia 5 entrou no táxi, um Corsa Sedan, no terminal do Centenário. Logo após o início da viagem, deu voz de assalto ao motorista e o abandonou em São José dos Pinhais, obrigando-o a se despir. Com o carro, Carlos circulou por outros bairros e foi até Pinhais, onde entregou uma mochila, que estaria repleta de drogas, em uma residência. Enquanto isso, o taxista conseguiu avisar os colegas.

Quando Carlos transitava pelas ruas da Vila Amélia com o carro roubado, foi cercado por um grupo de taxistas.

O assaltante abandonou o veículo e se embrenhou num matagal, onde foi pego e espancado até a chegada de policiais militares.

Carlos foi hospitalizado e, depois de permanecer dois dias internado, foi levado à delegacia, onde confessou que em outra ocasião embarcou em um táxi no Cabral e cometeu o roubo no bairro Boa Vista. "Eu não usava armas, apenas fazia de conta colocando a mão embaixo da jaqueta", alegou Carlos.

Homicídio

O superintendente da delegacia local, Valdir Bicudo, disse que está investigando a possível participação de Carlos no assassinato do taxista Marcelo José Trinkel, 40, ocorrido no mês passado.

O trabalhador foi encontrado morto com dois tiros na cabeça dentro do táxi Gol placa AIA-8302, na Rua Rio Azul, Jardim Áquila, em Pinhais. Carlos nega qualquer envolvimento com o crime, mas o policial afirma que não será difícil descobrir se ele está mentindo ou não. "Marcelo foi o quinto motorista procurado pelos marginais na noite do crime, pois quatro deles se recusaram a pegar a corrida. Esses homens viram

a fisionomia do assassino e do seu comparsa, e por isso são capazes de reconhecê-lo", disse Bicudo, lembrando que as testemunhas deverão fazer o reconhecimento de Carlos ainda esta semana.

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