O arrombador de apartamentos conhecido como “Homem-Aranha” voltou para a cadeia pela quinta vez. Valter Alexandre da Silva, 29 anos, foi pego por acaso durante uma operação da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), no Sítio Cercado.

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A delegada Camila Cecconello explicou que os policiais foram até a Rua Clevelândia, para continuar investigações sobre um trio de traficantes preso momentos antes. Eles tinham denúncias que, na residência ao lado da casa de um dos detidos, pessoas monitoravam a movimentação de policiais da laje e informavam a quadrilha via rádio.

Correria

Quando chegaram à casa, Valter se assustou, saiu correndo pela varanda e andou com muita habilidade por cima do telhado de 10 residências, até ser cercado e preso. Ao ser abordado, o suspeito levantou as mãos e disse: “Estou fugindo, porque sou foragido”, de acordo com a delegada.

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Na Denarc, quando levantaram a blusa do suspeito, viram a tatuagem “Spider Man” (Homem-Aranha, em inglês) e descobriram que era o ladrão conhecido, foragido da Colônia Penal Agroindustrial (CPAI). O que a Denarc ainda vai investigar é se o “Homem Aranha” tem relação com o traficante preso na casa ao lado.

Habilidade

Valter ganhou o apelido por sua habilidade de subir em prédios, usando árvores, fios de para-raios ou qualquer apoio para entrar nos apartamentos e furtar objetos, principalmente durante a madrugada. Ele também ficou conhecido pela ousadia de sempre “atacar” a geladeira das vítimas e só ir embora depois de comer. Ainda se declarou fã de mousse de maracujá.

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A primeira prisão do “Homem-Aranha” foi em 2004, quando ele ganhou o apelido. Apesar de a polícia investigá-lo em pelo menos 40 furtos naquele ano, ele alegou na época que, desde 1999, já tinha invadido cerca de 900 apartamentos.

Ele também foi preso em janeiro de 2009, em janeiro de 2011 – ele recebeu a portaria para passar o Natal em casa e não voltou. Fugiu para Londrina, onde cometeu uma leva de furtos, e em junho do ano passado foi detido. Na última prisão, alegou que não deixaria mais a vida de ladrão: “Em 2013, vou estar na rua de novo, mas não sei o que vou fazer. Não sei trabalhar, só fazer isso mesmo”, afirmou.

Condenação

Valter também foi condenação de 27 anos de prisão, por 29 processos de furto. Mas como crimes de furtos contabilizam penas baixas, de acordo com a delegada, ele logo consegue a progressão para o regime semiaberto, de onde escapa e volta ao crime.