Ladrão ?camarada?

Emerson Gomes Nogueira, 26 anos, poderia ser apenas mais um dos vários assaltantes que ocupam a carceragem da Delegacia de Furtos e Roubos. Entretanto, a forma como ele agiu no último seqüestro relâmpago chamou a atenção até mesmo da polícia. Além de tratar bem a vítima, oferecer comida e o próprio telefone, Emerson confessou que não tinha qualquer intenção de matá-la, pois o revólver que portava, além de estar estragado, não tinha munição.

De acordo com o delegado Rubens Recalcatti, Emerson foi preso no último dia 7, quando a polícia o apanhou, na Vila Sabará, CIC, com o Peugeot placa AMV-7894, roubado no dia anterior. Levado à delegacia, ele confessou ter seqüestrado a vítima e roubado o carro. Ele contou que geralmente abordava pessoas que deixavam caixas eletrônicos, mas como ele e o comparsa estavam na Água Verde e havia muitos policiais por ali, eles resolveram abordar um homem que estacionava o veículo.

A dupla ficou com a vítima durante quatro horas. Como o homem estava sem cartão bancário, eles pegaram R$ 500 que ele trazia no bolso, e foram com o refém até uma suposta eletrônica, onde venderam o som do carro. Até escolher o melhor lugar para abandonar o condutor do carro, Emerson disse que ficou preocupado com a vítima, pois seu comparsa estava muito nervoso. ?Eu dei bolacha, suco e ainda disse pro homem usar meu telefone para avisar a família que ele estava bem?, contou Emerson.

A dupla deixou a vítima próximo ao Parque Passaúna. ?Fiquei preocupado, mas estava sem vale-transporte para dar pra ele voltar para casa. O dinheiro estava com meu comparsa?, disse Emerson. Questionado sobre o que faria caso a vítima reagisse, Emerson contou: ?se acontece isso, eu estava ferrado, pois meu revólver estava estragado e sem balas?. A polícia trabalha para encontrar o comparsa dele, Emerson Fortunandes Bonfim.

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