Preso por policiais militares, na tarde de segunda-feira, após seqüestrar uma mulher, junto com dois menores, Cassiano Ricardo Rodrigues, 21 anos, forneceu o nome falso de Itamar Campos Ribeiro. Ele justificou a “mentira” dizendo que sabia que policiais da delegacia do Alto Maracanã já estavam atrás dele, pela morte de Alexandro Rosa da Silva, 21 anos, que aconteceu no último dia 2 de julho.
Cassiano disse que o revólver calibre 357, com numeração lixada, era seu, mas a idéia de fazer roleta russa foi de Alexandro, que teria retirado as seis balas da arma e depois colocado uma única, no tambor. Em seguida, o rapaz teria girado o tambor e apontado o revólver contra a própria cabeça, efetuando um disparo. “Ele estava preso por roubo e porte de arma. Agora vai responder por instigação ao suicídio e falsidade ideológica também”, ressaltou o delegado José Mário.
Confissão
O rapaz confessou que estava junto quando Alexandro puxou o gatilho, no Jardim Ana Terra, na noite de sexta-feira. “Depois coloquei o corpo dentro do carro dele, um Monza, e levei para Pinhais”, revelou. A vítima foi encontrada às 9h do dia seguinte, na Estrada Ecológica, em Pinhais. “Tirei o corpo de lá para não complicar. Eu sabia que ia ser preso, por isto seqüestrei a mulher para pegar um dinheiro e ir embora”, justificou.
O superintendente Job de Freitas, da delegacia do Alto Maracanã, informou que dez dias antes de Cassiano participar da roleta russa com Alexandro, ele estava com um grupo de amigos e passou uma viatura da PM. “O Cassiano estava armado e pediu para a namorada dele guardar a arma. Só que o revólver disparou e atingiu a virilha da garota. A menor ainda está internada no hospital”, disse Job.