Kroll desmente advogados

O diretor geral da Kroll no Brasil, Eduardo Gomide, afirmou ontem que a empresa, especializada em investigação, nunca teve entre seus clientes a Eletrobrás. Na quarta-feira, os advogados envolvidos na operação "Big Brother" da Polícia Federal informaram, durante uma coletiva à imprensa, que ambas as empresas estariam envolvidas num esquema de intimidação do Poder Judiciário, advogados e credores que quisessem cobrar títulos públicos vencidos da estatal.

"A afirmação é mentirosa. A Kroll, em 10 anos de atuação no Brasil, nunca trabalhou com a Eletrobrás em nenhum caso", afirmou Gomide. O diretor da empresa disse ainda que nunca ouviu falar nos advogados envolvidos no caso "Big Brother". "Vamos nos informar sobre o conteúdo das informações passadas para a imprensa e, depois disso, veremos as medidas judiciais cabíveis", disse o diretor.

Ético

O superintendente da Polícia Federal no Paraná (PF), Jaber Saadi, disse ontem que não houve nenhuma irregularidade no procedimento adotado pela PF, conforme acusação dos advogados. "Fomos extremamente éticos no nosso trabalho. Mas eles deveriam ter dito tudo isso para o Tribunal de Justiça, que é a quem cabe investigar acusações deste tipo", disse Saadi.

Os advogados João Bosco de Souza Coutinho, Michel Saliba de Oliveira, José Lagana, Carlos Cavagnari, Jorel Salomão Khury e José Xavier Silva, o técnico em informática João Marciano Oddpis, o analista de sistemas Cláudio Luiz Agner Rodrigues e o publicitário Sinei Geraldo de Oliveira Silva são acusados de tentar utilizar títulos vencidos da Eletrobrás, da década de 60, para obter liminares e resgatar os valores. Alguns deles chegaram a ser presos em fevereiro pela PF, durante a Operação "Big Brother".

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