Dois rapazes assaltaram uma mercearia na manhã desta quarta-feira (09), no Campo de Santana. Fizeram a limpa no estabelecimento, instalado na Rua Professor Manoel de Oliveira Franco Sobrinho, mas não contavam que um justiceiro esperava por eles na saída do estabelecimento. Os dois, aparentando pouco mais de 25 anos, foram baleados a menos de 100 metros do local do roubo.
Segundo a Polícia Militar, eles foram perseguidos por um Gol preto, que atirou para matá-los, logo depois do assalto. “Ninguém conseguiu anotar a placa do carro e os funcionários da mercearia disseram não conhecer alguém com o mesmo veículo. O que ocorreu é mistério”, disse a tenente Danuza, do 13.º Batalhão da PM.
Os dois rapazes, que estavam sem documentos, foram encaminhados em estado gravíssimo aos hospitais Evangélico e do Trabalhador. Eles levaram quatro tiros na cabeça cada um. Um deles chegou a ser atropelado pelo veículo do suposto “justiceiro”.
Silêncio
Na mercearia, ninguém quis comentar o assalto nem o que aconteceu depois. Moradores da região e a PM disseram que os roubos ao local são constantes. “O atirador devia estar cansado de saber do perigo que está a nossa região e resolveu ajudar a polícia”, disse um dos vizinhos, que não quis se identificar.
Em relação à declaração do morador, a PM esclareceu que a corporação é técnica e capacitada para fazer uso de outras ferramentas como abordagem, negociação, além de técnicas não letais, antes do uso de armas de fogo, que são utilizadas como último recurso. Conforme explicado pela assessoria da PM, se até mesmo a polícia evita o uso de armas, não poderá a população fazê-lo, mesmo que com a intenção de ajudar os agentes, pois estará sujeita às consequências do ato.
