Foto: Arquivo/Tribuna |
Pinheiro e Fronza, quando presos, foram levados de camburão. |
Foram colocados em liberdade, ontem pela manhã, os dois policiais militares flagrados, pela reportagem da TV Paranaense, abrindo um carro e furtando um aparelho de som no Largo da Ordem. A matéria foi exibida em 7 de agosto passado. Na mesma ocasião foram mostrados jovens praticando o mesmo crime. No dia seguinte, os soldados Altemes Pinheiro, 37 anos, e Adriano Fronza, 34, foram presos e levados ao Centro de Detenção e Ressocialização de Piraquara (CDRP). Quatro dias depois, policias da Delegacia de Furtos e roubos (DFR) prenderam o casal de namorados Tarzo Mário Dias, 24 anos, e Thereza Gleiser, 22, a ?Tetê?, e Gianfranco Simioni, 25. Os dois rapazes continuam recolhidos no xadrez da DFR e ?Tetê? na carceragem do 9.º Distrito (Santa Quitéria).
Este foi o segundo pedido de liberdade impetrado em favor de Fronza. O primeiro foi negado pelo desembargador Jonny de Jesus Campos Marques, da 1.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. Na época, o advogado Peter Amaro fez o pedido alegando ausência de provas e que a vítima não apresentou queixa formal. Porém, o desembargador rebateu, salientando que as imagens veiculadas na imprensa são públicas e notórias, além de mostrar um casal queixando-se para os dois policiais, sem saber que eles eram os autores do crime.
Agora, na nova tentativa o pedido fei feito diretamente na Vara da Auditoria Militar, ao juiz José Carlos Daláqua, justificando que os acusados são réus primários e têm residência fixa, não apresentando nenhum risco à sociedade. ?O Fronza e o Altemir só estavam presos pelo clamor público. Mais de um mês depois do ocorrido, não existe mais este requisito?, justificou o advogado.
Imagens
As imagens, exibidas por diversas vezes na televisão, mostram Fronza entrando em um carro estacionado, pela porta do passageiro, mexendo no painel e guardando um volume – que parecia ser um toca-CD – embaixo da prancheta. Em seguida o volume é guardado dentro da viatura. A reportagem ainda mostra que foram os próprios policiais que ?atenderam? as vítimas e não se comoveram com o desespero do casal.
?Tetê? também é primária e continua na prisão
Estudante do segundo ano de Psicologia, de família de classe média, sem antecedentes criminais e com emprego e residência fixa, Thereza Gleiser, 22, a ?Tetê?, que aparece na mesma reportagem do Largo da Ordem, ajudando o namorado a furtar um toca CDs, continua recolhida no xadrez do 9.º Distrito Policial (Santa Quitéria). Da mesma forma que os policias militares Adriano Fronza, 34, e Altemes Pinheiro, 39, ela também foi flagrada pela câmara de TV, no mesmo dia em que os PMs foram filmados. ?Tetê? estava junto com o namorado Tarzo Mário Dias, 24 anos, e Gianfranco Simioni, 25. Dois dias depois, os três foram presos.
A diferença do tratamento dado a ?Tetê? e aos policiais é que a jovem, segundo a própria polícia, estava furtando aparelhos de som para sustentar o vício das drogas, enquanto os soldados estavam fazendo patrulhamento, para, em ?tese?, combater atos como o praticado pela estudante e seu namorado