Justiça liberta pais de bebê morto aos sete dias de vida

Depois de passar mais de 150 dias na cadeia, o casal Nilson Moacir Oliveira Cordeiro, 32 anos, e a mulher dele, a secretária Any Paula Fascollin, 29, irão passar o Natal e o Ano Novo com a família. Acusados de abusar sexualmente do filho de sete dias, que morreu em julho, Nilson e Any deverão ser liberados na próxima terça-feira.

O pedido de relaxamento de prisão por excesso de prazo foi enviado pelos advogados de defesa do casal – Nilton Ribeiro de Souza e Luciano Nei Cesconetto – ao juiz da 2.ª Vara Criminal, Ronaldo Sansone Guerra. Ontem, Guerra informou que o pedido foi aceito e que o alvará de soltura deverá ser entregue na próxima terça-feira. "A lei permite uma elasticidade quanto ao período em que o réu fica preso aguardando julgamento, mas geralmente esse prazo não ultrapassa os 81 dias", explicam os advogados, lembrando que Nilson e Any estão presos há 158 dias. O alvará não será entregue na próxima segunda-feira porque o Fórum Criminal estará em recesso – pelo feriado da Emancipação Política do Estado.

Notícia

Hoje, os advogados irão até a Penitenciária Feminina de Piraquara, onde Any está presa, e ao Complexo Médico Penal, onde Nilson está recolhido, para dar a notícia. Porém, os familiares dos acusados já foram informados e aguardam ansiosos pela liberdade do casal. Ambos deverão deixar o sistema penitenciário acompanhados dos advogados e dos familiares. "O juíz entendeu que a defesa e os acusados foram honestos durante o processo, por isso creditamos esta decisão à firmeza do juiz e a independência do Ministério Público que anteriormente já tinha dado parecer favorável à soltura deles", disseram os advogados

Any e Nilson irão responder o processo em liberdade e no mês de abril do próximo ano serão submetidos a exame de insanidade mental, conforme foi solicitado pela polícia na época da prisão.

Enterro

Além da soltura do casal, o juiz também autorizou a liberação do corpo do bebê do Instituto Médico Legal. O cadáver ainda está em uma geladeira do IML, para onde tinha sido levado para os necessários exames de necrópsia. Na próxima semana o bebê será enterrado pelos pais e familiares. "O Nilson já tinha dito que queria enterrar o filho e agora ele poderá fazer isso", finalizou o advogado Nilton Ribeiro.

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