Três bandidos ligados ao Comando Vermelho, facção criminosa do Rio de Janeiro, que estavam de partida para seu estado de origem, permanecem até segunda ordem judicial, na Penitenciária Federal de Catanduvas, região oeste do Paraná.
Eles foram transferidos na noite da última terça-feira, porém uma decisão da Justiça fluminense impediu que eles desembarcassem no Rio e os marginais foram devolvidos para o Paraná.
Até retornarem foram obrigados a pousar nos aeroportos de Campo Grande (MS) e Presidente Prudente (SP), até chegarem ao Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu (PR), para voltarem ontem, próximo ao meio-dia, às suas celas no sistema penal em Catanduvas.
Os presos Isaías da Costa Rodrigues, Ricardo Chaves de Castro Lima e Marco Antonio Pereira Firmino da Silva são acusados de vários homicídios e de comandar, mesmo presos em presídios de Bangu, diversas rebeliões, um ataque a uma base da Polícia Militar (PM) e outro ataque a um ônibus em 2006.
Explicação
Em nota oficial, a Seção Federal de Execução Penal de Catanduvas lamentou o fato dos presos terem sido recusados e da decisão ter sido tomada na última hora, principalmente depois de eles terem embarcado.
A nota também cita os fatos de terem sido desperdiçados recursos públicos e de que aconteceram riscos desnecessários aos agentes da escolta. No documento, é alegado que os juízes da capital fluminense foram informados da transferência a tempo dela ser evitada.
Um dos presos também iria participar de uma audiência ontem no Rio de Janeiro. A proibição de desembarque deve causar prejuízos para tal processo. Segundo a Justiça, os presos permanecem 360 dias nessas unidades penais, com prazo prorrogado por igual período.
Tribunal
Os três presos ingressaram com pedidos de análise das prisões no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e aguardam a decisão do recurso para saber se permanecem em Catanduvas ou cumprem o restante de suas penas em outra penitenciária de segurança máxima.