Justiça Federal nega liberdade a Tony Garcia

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Justiça Federal determina que
Tony Garcia vá para o COT.

A estada de Antônio Celso Garcia atrás das grades parece estar longe de chegar ao fim. Ontem, a Segunda Vara Criminal Federal de Curitiba divulgou o indeferimento do pedido de concessão de liberdade provisória, mediante fiança. A única mudança no caso será a transferência do acusado, que deixará a cela do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) para passar a aguardar julgamento no Centro de Observação Criminológica e Triagem – COT.

De acordo com a Justiça Federal, a defesa de Tony Garcia ofereceu bens em garantia para obter a liberdade do acusado, os quais não foram aceitos. De acordo com o juiz Sérgio Fernando Moro, as acusações que pesam sobre ele são muito graves e, embora tais bens pudessem servir para reparação do dano, este não é o único objetivo do processo penal. "A fiança poderia ser aceita em casos de jurisprudência, mas o juiz negou esta possibilidade", afirmou a assessoria de imprensa do órgão.

A Justiça Federal afirmou que não irá divulgar o dia em que acontecerá a remoção de Tony Garcia, por uma questão de segurança, evitando a possibilidade de fuga ou arrebatamento. Já a direção do COT disse que a transferência só acontecerá quando for enviado, pela Vara de Execuções Penais, um mandado judicial. Ele está preso há quase três meses, acusado de gestão fraudulenta do Consórcio Nacional Garibaldi.

Prisão

Tony Garcia está encarcerado por ordem do juiz da Segunda Vara Criminal Federal de Curitiba, Sérgio Fernando Moro. Ele foi detido no dia 9 de novembro, numa ação da Polícia Federal denominada "Operação Fraude Zero", que também cumpriu mandado de busca e apreensão em escritórios e na casa de Tony e de um de seus sócios, Antônio Eduardo de Souza Albertini, também preso na ocasião. Os agentes federais conseguiram prender o ex-deputado no momento em que empreendia fuga. Ele pulou da sacada de seu apartamento para um pátio, onde se escondeu numa casinha de boneca. Temendo ser descoberto, acabou subindo numa árvore, onde foi encontrado pelos policiais federais e levado algemado para a sede da PF. Tony ficou preso na carceragem da Polícia Federal durante uma semana, sendo depois transferido para o xadrez do Cope, da Polícia Civil.

Garcia responde à acusação de fraudes superiores a R$ 40 milhões no Consórcio Nacional Garibaldi, que lesou milhares de pessoas, e responde à ação penal do Ministério Público Federal (MPF) por sonegação fiscal, evasão de divisas, subfaturamento em importações e clonagem de veículos. Além disso, é acusado de tentativa de fuga durante a ação da PF, no dia 9. Ele teria tentado escapar dos agentes correndo para o quintal pela porta dos fundos. No entanto, a idéia não deu certo, ele foi detido entre as árvores do local. Na mesma operação, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em endereços da capital.

Toda a documentação apreendida durante a "Operação Fraude Zero" está sendo analisada pelos peritos contábeis da PF, com a ajuda de fiscais da Receita Federal (RF). A previsão inicial era de que todo o material recolhido, entre livros, notas, fiscais, arquivos de computador, disquetes, seria avaliado em um mês. No entanto, o processo pode demorar mais. Além dos documentos encontrados nas empresas de propriedade de Tony Garcia -Baltimore S/A e Eldorado Corretora de Mercadorias Ltda -, a PF informou que investiga outras empresas.

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