É grande a expectativa sobre o pedido de habeas corpus em favor de Juarez Ferreira Pinto, 42 anos, o primeiro acusado de ser o autor dos crimes ocorridos no Morro do Boi, em Caiobá, preso há quatro meses.
A desembargadora Sônia Regina de Castro, da 3.ª Câmara da Vara Criminal do Tribunal de Justiça, pode anunciar, no final da tarde de hoje, a decisão. De acordo com advogados de defesa, mais de mil cópias de documentos foram juntadas ao processo no final da semana.
Por outro lado, o segundo suspeito do crime, Paulo Delci Unfried, 32, preso em 24 de junho último, foi ouvido ontem pelos policiais do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), no Centro de Triagem II, em Piraquara, onde está recolhido desde sexta-feira passada. O teor do interrogatório é desconhecido. O mesmo grupo também já ouviu policiais civis e militares de Matinhos, que participaram das duas prisões.
Roubo
Paulo foi preso após assaltos e estupros praticados contra mulheres que cuidavam de casas e condomínios, no litoral. Estava portando um revólver calibre 38, cujo exame de balística confirmou ter sido a mesma arma usada pelo criminoso que matou o estudante Osíris Del Corso e baleou a namorada dele, Monik Pergorari de Lima, que ficou paraplégica. O atentado aconteceu em 31 de janeiro.
O inquérito sobre os roubos e estupros atribuídos a Paulo já chegou ao Ministério Público de Matinhos. As promotoras Carolina Dias Aidar de Oliveira e Fernanda Maria Motta Ribas deverão se pronunciar em breve se o denunciarão pelos crimes.
No próximo dia 23, Paulo será interrogado pelo juiz da Comarca e deverá ser acareado com Monik, que não o reconhece como o assassino do namorado. Ela insiste em dizer que foi Juarez quem os atacou, muito embora Paulo, após uma tentativa de suicidio na delegacia de Matinhos (tentou se enforcar quando soube que o exame de balística foi positivo) tenha confessado a autoria.