Por seis votos a um, a doméstica Andréia de Freitas, 28 anos, foi condenada a 19 anos e seis meses de reclusão, por ter assassinado, com 98 golpes de faca, sua enteada, a garotinha Gabriela Moreira dos Santos, de 7 anos. O corpo de jurados acatou a tese do Ministério Público e entendeu que Andréia praticou o homicídio triplamente qualificado.
A sentença foi lida pelo juiz Fernando Ferreira de Moraes, da 1.ª Vara do Tribunal do Júri, às 2h10 de ontem. A defesa não informou se irá recorrer da decisão, mas segundo informações do escritório do advogado Luiz Antônio Martins Barbosa Júnior, a defesa está estudando a possibilidade. A tese da defesa, durante o julgamento, foi de que Andréia sofria de retardamento mental.
Crime
Na manhã do dia 22 de agosto de 2005, a garotinha Gabriela teria derrubado uma lata de óleo queimado no chão, sujando a varanda da casa, na Rua Simão Bolivar, na capital. Isso fez com que a madrasta ficasse furiosa e jogasse a criança contra o piso, batendo sua cabeça contra o chão, o que fez com que a menina desmaiasse.
Gabriela estava descordada quando foi puxada pelos pés para um pequeno cômodo dentro da residência. Lá, a madrasta desferiu 98 golpes de faca, deixando a arma cravada no peito da pequena vítima. Após o crime, a madrasta trocou a roupa, trancou a casa e foi trabalhar, como se nada tivesse acontecido. Ela retornou por volta das 17h50 e simulou encontrar o corpo. Ainda levantou suspeitas de que os matadores poderiam ser pedreiros que trabalhavam numa obra nas proximidades.
