O empresário Joarez da França Costa, o ?Caboclinho?, foi condenado a 17 anos e meio de prisão por ter sido considerado culpado pelo assassinato de seu ex-sócio, Jezael Cubas, o ?Português?, em novembro de 1999, em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. A sentença foi lida às 2h da madrugada de ontem, depois de dezessete horas de julgamento na 1.ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba.
?Caboclinho? foi condenado por 4 votos a 3 por ter sido considerado o mandante da execução de ?Português?. Ele foi acusado de contratar o pistoleiro Antônio da Costa, o ?Zóio?, para cometer o crime. Logo após a sentença, o advogado do condenado, Antônio Augusto Figueiredo tentou recurso ainda em plenário, mas foi negado pelo juiz Ronaldo Sansone Guerra, que presidia a sessão. ?Caboclinho? saiu do tribunal direto para a cadeia. Seu advogado anunciou que entrará amanhã com pedido de habeas corpus.
Apontado como ?rei do desmanche? na Região Metropolitana de Curitiba, ?Caboclinho? esteve envolvido em várias atividades irregulares, como a compra e distribuição de autopeças roubadas, além de envolvimento com o tráfico de drogas e o crime organizado.
Ele foi preso pela primeira vez em 2000, depois da passagem da CPI do Narcotráfico por Curitiba. Depois disso, foi condenado por participação na tentativa de assassinato de seu ex-sócio, Adílio de Jesus Becker, em setembro de 1999. Ele deixou a prisão em dezembro de 2004.
A investigação da morte de Cubas foi conduzida pela Promotoria de Investigações Criminais (PIC), do Ministério Público do Paraná, em 2001. As investigações apontaram que Caboclinho encomendou o crime a Antônio Luiz da Costa, conhecido pistoleiro de Rio Branco do Sul, pelo fato de a vítima ter conhecimento das atividades ilícitas de Caboclinho. O pistoleiro foi assassinado em 9 de janeiro de 2005.
