Começou por volta das 10h desta quarta-feira (7) o julgamento de dois acusado de matar o jovem Bruno Strobell Coelho dos Santos, 19 anos, no Centro de Convenções Edson Dalke em Almirante Tamandaré, onde é realizado o júri popular. O atraso no início do julgamento, marcado para começar às 9h, aconteceu porque foi preciso buscar duas testemunhas em casa. A audiência deve ser interrompida a noite e retomada nesta quinta-feira (8).
Os réus Marlon Janke e Douglas Rodriguês
Marlon Balen Janke, 33 anos, e Douglas Sampaio Rodrigo Rodrigues, 29 anos, são acusado de torturar e matar Bruno. Os dois são ex-funcionários da empresa de segurança privada Centronic. Eles estiveram presentes no julgamento e estavam detidos no Centro de Dentenção e Ressocialização em Piraquara.
A juíza Inês Marchalek Zarpelon e o promotor de Fuad Faraj deram inicio ao julgamento sorteando o júri, que foi composto por quatro homens e três mulheres. A primeira testemunha a ser ouvida foi Fernando Bida, ex-funcionário da Centronic que trabalhou no dia em que Bruno foi assassinado. O depoimento dele é considerado um dos principais do caso.
Familiares de Bruno estiveram no local. O pai dele, Vinicius Coelho, disse que espera por justiça. A mãe do rapaz, Eliane, estava muito emocionada e chorou bastante com quando a juíza fez a leitura dos autos descrevendo o crime.
A expectativa da acusação é de que Janke e Rodrigues sejam condenados. Eles foram denunciados pelo Ministério Público por formação de quadrilha, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Janke ainda foi denunciado por tortura mediante a sequestro. A defesa dele é feita pelo advogado Cláudio Dalleone Junior e a de Rodrigues feita por Nilton Ribeiro.
O crime
Bruno Strobel desapareceu no dia 2 de outubro de 2007 e apareceu morto com dois tiros na cabeça uma semana depois num matagal a beira da Rodovia dos Minérios, em Almirante Tamandaré. O rapaz teria sido morto por funcionários da empresa Centronic. Ele foi pego pichando o muro de uma clínica no bairro Alto da ria XV em Curitiba.
Janke teria seqüestrado Bruno e levado para a central da empresa onde ele e os outros seguranças teriam torturado o rapaz. Quando ele revelou que seu pai era jornalista, Bruno foi levado para o matagal onde foi amordaçado e morto.