Está marcada para o dia 4 de fevereiro do ano que vem a audiência de instrução e julgamento do ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho, acusado por duplo homicídio com dolo eventual, por ter provocado o acidente de trânsito que resultou nas mortes de Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo de Almeida no dia 7 de maio passado, no bairro Mossunguê, em Curitiba.
A data foi divulgada ontem pelo juiz da 2.ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, Daniel Ribeiro Surdi de Avelar, responsável pelo processo. Os trabalhos terão início às 9h30 e deverão ser ouvidas 38 pessoas, entre testemunhas de acusação e de defesa, peritos e por fim o acusado.
Sangue
O juiz Avelar acatou parte do pedido da defesa, desconsiderando o resultado do exame de sangue realizado no acusado, que indica que ele estava embriagado. A justificativa é de que Carli Filho não autorizou o exame de dosagem alcoólica.
Ele ficou ferido no acidente e foi levado para o Hospital Evangélico, onde teve sangue retirado para outros exames. Mas, de acordo com o juiz, declarar ilegal a utilização do material não quer dizer que o réu não estava embriagado e que isso pode ser confirmado através de testemunhas, inclusive algumas que pediram que ele não dirigisse naquele estado.
Segundo o advogado Elias Mattar Assad, que atua no processo como assistente do Ministério Público em favor da família Yared, o fato de o exame de dosagem alcoólica ser desconsiderado, em nada desnatura o panorama processual pois existem outros elementos que evidenciam o estado etílico do acusado.
“O importante é que as acusações de duplo homicídio doloso eventual na forma qualificada foram mantidas, o que assegura julgamento pelo Tribunal do Júri”, declarou Assad.
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