A juíza da Vara da Infância e Juventude de Almirante Tamandaré, Josiane Ferreira Machado Lima, ouviu ontem seis testemunhas de defesa e três de acusação dos dois adolescentes (um deles fez dezoito anos dias antes de cometer o crime) acusados de assassinar a universitária Ana Cláudia Caron. O teor dos depoimentos foi mantido em sigilo.
A audiência começou às 10h e terminou às 13h. Primeiro foram ouvidas as testemunhas de acusação e depois as de defesa. Um dos adolescentes, que agora é maior de idade, foi novamente interrogado. Ambos tinham sido interrogados em 29 de agosto, pela mesma juíza. O pai de Ana Cláudia participou das duas audiências.
A sentença da juíza sobre o caso deverá ser divulgada até o dia 11 de outubro. Enquanto isso, os dois ficam apreendidos na Delegacia do Adolescente de Curitiba, no bairro Tarumã.
Na primeira audiência, houve contradição entre os depoimentos dos acusados, motivo pelo qual a juíza deve ter pedido para ouvir novamente o mais velho.
Crime
Ana Cláudia Caron foi seqüestrada em 21 de agosto, quando estacionava seu carro na Rua Paula Gomes, perto do Shopping Müeller, em Curitiba. Ela foi encontrada dois dias depois, queimada, violentada e com um tiro na boca, em Almirante Tamandaré. Durante a força-tarefa, que uniu várias delegacias, os policiais chegaram até os adolescentes. Eles foram presos em 24 de agosto junto com Weryckson Ricardo de Pontes, com quem foi encontrada a arma do crime e com Ângela Ferraz da Silva, 22, que ficou com os pertences da vítima.
