A juíza da comarca de Arapoti, norte do Estado, sofreu um atentado na madrugada da última quarta-feira. Fabiana Matie Sato estava no apartamento onde mora, quando o local foi atingido por quatro tiros. Investigações já foram iniciadas, mas ainda não há pistas sobre os autores dos disparos.
A polícia não descarta a possibilidade da magistrada ter sido alvo de uma quadrilha de traficantes que mandou prender em outubro. A quadrilha seria composta por policiais civis e militares.
O caso ocorreu aos trinta minutos da madrugada de quarta-feira. Os autores teriam passado em motocicletas e efetuado os disparos contra a residência, que fica situada em cima de uma loja.
O delegado Gumercindo Athayde, que preside o inquérito, preferiu não dar detalhes do caso, como sobre quantos eram os atiradores, o calibre dos projéteis encontrados na sacada do apartamento, ou sequer o bairro onde fica a casa da juíza. Só resumiu que ninguém se feriu.
Quadrilha
Em outubro, a juíza teria solicitado a ajuda do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), de Curitiba, para investigar a quadrilha, que teria a participação de policiais. Após as diligências, ela concedeu as prisões dos suspeitos. Alguns já foram detidos.
Contudo, o delegado prefere não confirmar que o atentado tenha relação com essas prisões, explicando que as investigações estão apenas no começo. Mas também não descartou a hipótese.
Apesar do caso ter ocorrido em Arapoti, são policiais de comarcas próximas que estão investigando o caso. Athayde explicou que a delegacia da cidade possui apenas um investigador, que precisa ficar cuidando dos presos na carceragem. Por conta disso, não teria condições de se afastar para investigar, sozinho, o atentado. O próprio delegado também não tem suas atenções focadas somente em Arapoti, já que é titular do município de Jaguariaíva.