Juíza acata denúncia contra acusado de crime em Caiobá

Começou a contar ontem o prazo de 10 dias para que os advogados de Juarez Ferreira Pinto, 42 anos, apresentem a defesa prévia dele para a juíza substituta da Vara Criminal de Matinhos, Tathiana Yumi Junkes, que acatou a denúncia do Ministério Público na quinta-feira da semana passada.

Ele é acusado de matar o estudante universitário Osíris Del Corso, 22, e ferir a tiros a namorada dele, Monik Pergorari de Lima, 23, que ficou paraplégica. Enquadrado por crime de latrocínio (roubo com morte), Juarez deverá ser submetido a júri singular, quando a própria juíza, caso se convença de que ele é o culpado, anunciará a sentença após ouvir as testemunhas, a vítima e o réu.

De acordo com o advogado Nilton Ribeiro de Souza, a defesa se baseará nas contradições existentes no inquérito e nos problemas de saúde de Juarez, que é portador de hepatite C, soropositivo e não tem uma parte do fígado, para provar que ele é inocente.

Avaliações médicas e laudos de peritos particulares (além dos laudos dos peritos do Instituto de Criminalística) deverão ser anexados ao processo, que leva o número 2009/3874.“Vamos mostrar que ele não tem resistência física para subir o Morro do Boi, em Caiobá, e cometer o crime pelo qual está sendo acusado”, comentou o defensor.

Crime

O fato ocorreu na tarde de 31 de janeiro último, por volta das 17h30, quando o casal subia o Morro do Boi para conhecer uma gruta e a Praia dos Amores. Juarez, armado com revólver, os teria rendido e assaltado.

Na gruta, após fazer o casal tirar os shorts que usava – no bolso dela havia R$ 90,00 – quis obrigar Monik a tirar o restante das roupas. Osíris reagiu e levou um tiro no peito, morrendo na hora.

Monik tentou fugir, mas foi baleada na perna e ainda ferida na coluna vertebral, por uma bala que ricocheteou em uma pedra e a atingiu. O casal só foi encontrado pelos bombeiros às 13h de domingo.

Monik, que reconheceu o suspeito por fotografia, por vídeo, pela voz e depois pessoalmente, contou ainda que transcorridas quatro horas do atentado, o acusado retornou ao local do crime e a molestou sexualmente, tocando suas partes íntimas.

A defesa assegura que a forma de reconhecimento não seguiu os padrões legais e que a jovem foi induzida a reconhecer Juarez, pois lhe foram apresentadas fotografias antes dela poder vê-lo em meio a outras pessoas.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna