Juiz mata assaltante com tiro na boca

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Acusado não teve chance e tombou
morto no Bigorrilho.

Um juiz de direito matou o assaltante que o atacara momentos antes, com um tiro na cabeça, na Rua Capitão Souza Franco, perto do cruzamento com a Avenida Martim Afonso, Bigorrilho, às 19h de ontem. O bandido não foi identificado, mas seria cuidador de carros nas proximidades do Hospital Evangélico. O juiz prestou esclarescimentos na Delegacia de Furtos e Roubos.

A vítima do assalto conduzia uma caminhonete Silverado e ficou "presa" no trânsito por causa do sinal vermelho, mesmo um pouco longe do cruzamento. Aproveitando que o carro estava parado, o desconhecido deu voz de assalto com um revólver e tomou a carteira e o relógio da vítima, conforme relatado a policiais militares do 12.º Batalhão.

De acordo com o delegado Rubens Recalcatti, da DFR, o assaltante se afastou carregando o produto do roubo. O juiz, então, teria descido da caminhonete. No momento em que percebeu, o bandido apontou-lhe a arma e levou um tiro como resposta. Mesmo ferido, o homem teria dado alguns passos, até cair na calçada. Com ele no chão, o juiz retomou seus pertences e voltou ao veículo.

Tiro

O assaltante caiu a cerca de 10 metros de onde estava a caminhonete. Ele não estava com nenhum documento e portava um revólver, calibre 38, com a numeração lixada, de acordo com o perito Claus, da Polícia Científica. Uma dos projéteis dessa arma não teria saído do cano. Em avaliação preliminar, uma das hipóteses é que o tiro tenha entrado pela boca do desconhecido e saído pela nuca. "Somente exames complementares poderão nos dar certeza da trajetória da bala", informou o perito.

O corpo foi encaminhado ao IML, para posterior identificação. Trata-se de um homem moreno, aparentando 35 anos, 1,70 m, magro, com cabelos pretos e cavanhaque. Ele usava uma camisa bege, calça jeans e tênis amarelo e preto. Ele foi reconhecido por algumas pessoas como cuidador de carro na região do Hospital Evangélico, mas ninguém soube dizer o seu apelido.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Furtos e Roubos e pelo delegado Jaime Luz, da Delegacia de Homicídios, que esteve no local juntamente com o investigador Elias. Eles ouviram um rapaz que passava por aquela rua e teve de se abaixar, com medo de ser atingido pelo tiro. A identidade do juiz está sendo mantida em sigilo.

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