Quando apitava uma partida do campeonato amador, no Estádio Municipal Ney Braga, em Guaíra, no domingo, o árbitro Roberto Gonçalvez foi preso por agentes da Polícia Federal, antes mesmo de terminar a partida. Ele é acusado de seqüestrar um policial federal e obrigá-lo a sacar dinheiro em caixas eletrônicos da cidade, em fevereiro último.
De acordo com a assessoria da Polícia Federal, após o seqüestro-relâmpago, foram efetuadas várias investigações que apontavam o árbitro como autor do crime.
Na época, foi decretada a prisão de Roberto, que chegou a fugir para o Paraguai. Mas, no domingo quando apitava o jogo, com vaias em que todos os árbitros estão acostumados, boa parte da torcida o chamava de “juiz ladrão”. Por coincidência, ele foi reconhecido pelos policiais militares que faziam a segurança do jogo e avisaram a Polícia Federal, que não esperou nem mesmo o encerramento da partida. Os agentes entraram no campo e deram voz de prisão ao árbitro, na frente dos jogadores e torcedores, encerrando o espetáculo e o levando para o xadrez da Delegacia da Polícia Federal de Guaíra.