O juiz federal de Umuarama, Luiz Carlos Canalli, teve sua casa atingida por disparos de arma de fogo no início da manhã de ontem. Ninguém ficou ferido. Esse foi o segundo atentado contra um juiz federal no município de Umuarama, noroeste do Paraná. O primeiro aconteceu em fevereiro, quando o juiz Jail Benites de Azambuja teve seu carro atingido por tiros quando entrava na garagem de sua casa.
Ainda não se sabe se há uma relação entre os dois casos. Segundo o superintendente da Polícia Federal (PF), Delci Carlos Teixeira, é muito cedo para comentar sobre essa ligação. Também não foram apresentadas evidências ou provas contra possíveis responsáveis.
“Ele não sofria ameaças, não havia processos contra crime organizado da cidade ou região que eram analisados e é prematuro fazer qualquer afirmação. Temos que aguardar os laudos e acompanhar as linhas de investigação que vêm sendo seguidas”, afirmou o superintendente da PF.
Foram mais de 12 tiros na casa de Canalli, que atingiram o muro, a parede, a grade de entrada e os dois carros que estavam na garagem, segundo informações da polícia, que ainda realizava perícia no local no fim da tarde.
Ontem mesmo, policiais federais de Guaíra, Cascavel, Foz do Iguaçu e Brasília estavam a caminho de Umuarama para reforçar a segurança dos dois juízes. Também foi solicitado um reforço no policiamento à Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp).
Os agentes da PF já sabem que um carro foi utilizado e que pelo menos duas pessoas cometeram o crime. O superintendente da PF informou que os autores tinham conhecimento da mudança de turno ou rendição do guarda noturno que faz a segurança das residências da região.
Assim que soube do ocorrido, o diretor do Foro da Justiça Federal do Paraná, Marcelo Malucelli, foi para Umuarama prestar solidariedade ao magistrado e acompanhar as investigações preliminares.
Embora tenha marcado uma entrevista coletiva para a tarde de ontem, Canalli não compareceu alegando não estar em condições psicológicas de falar sobre o assunto.
