Depois de passar uma semana na carceragem do Centro de Triagem II, em Piraquara, o apresentador e ex-deputado estadual Ricardo Chab e o advogado dele, Antônio Neiva de Macedo, deixaram a cadeia em liberdade provisória. Com a barba por fazer e um sorriso nos lábios, Chab saiu do CT II às 16h15 de sexta-feira (2), acompanhado por um irmão e o genro. Nenhum dos dois quis conversar com a imprensa.
Na manhã de sexta-feira (2), o juiz Antônio Carlos Choma, da 8.ª Vara Criminal de Curitiba, concedeu a liberdade provisória ao apresentador e ao advogado. O primeiro a deixar a prisão foi Macedo. Ele entrou no Renault Clio, conduzido pela namorada e deixou o CT II sem conversar com os jornalistas. Minutos depois Chab saiu da administração do presídio e entrou rapidamente em seu Palio Weekend, conduzido pelo genro.
Silêncio
?Ele não está em condições emocionais para dar entrevistas. Agora é hora de ele rever a família e ficar tranqüilo. Na próxima segunda-feira (5), Chab irá conversar com a imprensa na sua rádio, em São José dos Pinhais. Afinal, ele faz questão de atender todos seus colegas?, garantiu o advogado dele Haroldo Nater.
De acordo com o defensor de Chab, o apresentador foi hostilizado pelos presos e, durante o tempo em que permaneceu preso, recebeu apenas a visita da esposa e dos irmãos, sem ter contato com as duas filhas. Quanto à quebra de contrato com a emissora Rede Independência de Comunicação, onde apresentava o programa ?Na hora do almoço?, Haroldo disse que a emissora se precipitou. ?Temos argumentos suficientes para provar que foi flagrante armado?, disse o advogado.
Prisão
Chab e Macedo foram presos na sexta-feira (25) da semana passada por policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), nas dependências da Rádio Mais, em São José dos Pinhais. O presidente da Câmara de Colombo, vereador Onéias Ribeiro de Souza também foi indiciado pelo crime de extorsão, mas não teve sua prisão decretada. De acordo com a denúncia do Ministério Público, Chab e Macedo extorquiram duas vezes o proprietário da empresa de segurança Centronic. A primeira, no ano passado, quando exigiram R$ 100 mil para não divulgar o nome da empresa no programa de TV e, na semana passada, quando pediram R$ 150 mil pelo mesmo motivo.
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