Com os termômetros marcando recordes de temperatura em todo o Paraná, em plena primavera, é comum que as pessoas tentem driblar o calor e procurem se refrescar.
Uma consequência desse fenômeno é o aumento dos casos de morte por afogamento em rios e cavas. Somente nos últimos dias, cinco pessoas morreram afogadas, em Curitiba e região metropolitana.
A última vítima foi a adolescente Francielli Santos Nizer, 13 anos, que morreu no começo da semana, em Bocaiuva do Sul. As cavas estão localizadas na periferia de Curitiba, em áreas onde houve extração de areia e posteriormente foram alagadas.
Por esse motivo têm fundo irregular com formação de buracos, o que pode causar os afogamentos. “A pessoa cai em um buraco e não consegue sair. Normalmente os colegas que estão junto só se dão conta depois que a pessoa afunda e, na maioria dos casos, já é tarde”, explicou o major Maurício Aliski, do Corpo de Bombeiros.
Normalmente há placas de sinalização próximo às cavas avisando do perigo e da proibição de utilizar o local para banho, mas elas são ignoradas e em alguns casos até mesmo depredadas pela população. Para o major, as pessoas sabem que podem morrer, mas ignoram porque não têm outra opção de lazer.
Perfil
De acordo com dados estatísticos do Corpo de Bombeiros, as vítimas normalmente são homens em idade jovem, entre 15 e 30 anos que moram próximo aos locais.
Só em 2011, já foram registrados 53 casos de morte por afogamento em cavas e rios. Em 2010, foram 115. Segundo Aliski, é possível que esse ano feche com números acima do anterior.
Recomendações
Como o banho em cavas e rios é proibido, não há guarda-vidas. Além disso, normalmente são de difícil acesso, por isso a recomendação do Corpo de Bombeiros é de evitar esses locais para preservar a vida.