Um rapaz de 19 anos e dois amigos menores de 18 garantem que foram espancados por seguranças e um cliente de uma casa noturna de pagode no Largo da Ordem, na madrugada de sábado.
Mouza Ribeiro da Silva, 19 anos, relata que por volta das 3h, dentro da casa, esbarrou em um cliente. “Ele ficou nervoso e discutiu comigo. Me deu até uma cabeçada e derrubou meu boné”, conta. Ferido, ele foi pedir ajuda aos seguranças, mas afirma que foi levado para uma sala onde o outro cliente já o esperava.
Ele acredita que o cliente também é funcionário ou já trabalhou na casa, porque parecia ser amigo de várias pessoas que ainda trabalhavam lá. “Os seguranças me seguraram para que o cara pudesse me bater. Eles também me deram chutes e socos. Apanhei por quase dez minutos, de sete pessoas. Meus amigos, adolescentes, foram lá tirar satisfação e também apanharam”, desabafa.
Depois da surra, Mouza conta que foi forçado a pagar a conta, e recebeu ainda mais chutes quando disse que o primo é que estava com o dinheiro para quitar o consumo do grupo. Depois de efetuado o pagamento, ele e os amigos foram expulsos da casa e chamaram a Polícia Militar.
“Entrei com os policiais lá e os seguranças riram da minha cara. Eu e meu irmão pedimos as imagens do circuito interno de segurança para provar as agressões, e eles não quiseram fornecer”, explica. Depois de registrar o boletim de ocorrência com a PM, Mouza registrou outro boletim por lesão corporal no Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac-Sul).
Mouza deve realizar exame no Instituto Médico Legal na segunda-feira, já que o plantão no final de semana não faz o procedimento se o autor da agressão não estiver preso. Os responsáveis pela casa serão intimados para prestar depoimento ao longo da semana.