O comando da Polícia Militar ainda não ouviu os dois policiais que estavam na viatura que colidiu com um veículo Celta na madrugada de sábado (20), matando um homem e duas mulheres carbonizados. Na tarde de ontem, Juliano Duarte da Costa, 34 anos, foi identificado no Instituto Médico-Legal. Por redes sociais amigos identificaram as duas mulheres como Deiva Ramos e Marina Reche, entretanto o IML não confirmou os nomes. A perícia aguarda a chegada de documentos enviados por um consultório odontológico de Santa Catarina, para identificar as mulheres.
De acordo com a aspirante Anahy Nóbrega, da PM, os policiais serão questionados assim que recebam alta do Hospital Evangélico. “A pedido dos médicos, não está sendo tocado no assunto”, justificou. A aspirante afirmou ainda, que a viatura estava com giroflex e sirenes acionados.
Uma queda no sistema de comunicação da PM, que tem se tornado problema frequente, conforme noticiado com exclusividade pelo Paraná Online na semana passada, teria impedido que os policiais precisassem a posição que estavam, segundos antes do acidente. “Foram duas vezes solicitado apoio e quando eles foram repassar a placa (do Prisma) e o numeral em que estavam, a rede caiu e foi neste momento que houve o acidente”, explicou a tenente. Os reforços pedidos pelos dois policiais chegaram poucos minutos depois da colisão.
Investigação
Ainda de acordo com Anahy, foi aberto procedimento de investigação interna para apurar o que aconteceu. Amostras de sangue dos dois PMs foram colhidas para exame, para verificar se estavam sob efeito de álcool ou outra substância. A averiguação trata-se de um procedimento padrão adotado pela corporação. As investigações sobre o acidente também são feitas Delegacia de Delitos de Trânsito.
Bola de fogo
O acidente aconteceu por volta das 3h30, entre as ruas Comendador Franco (Avenida das Torres) e Alcides Arcoverde, Jardim das Américas. A viatura bateu no Celta, que fazia uma conversão, porém a PM não soube precisar se o carro fez manobra irregular. O carro com as três vítimas explodiu na hora da colisão.
Um taxista, que não teve o nome revelado, tentou salvar os passageiros do Celta, mas as chamas se alastraram rapidamente e o carro se transformou em uma bola de fogo. O taxista conseguiu apenas tirar os policiais militares da viatura. Um deles estava desacordado.
A polícia alegou que a viatura do 20.º Batalhão estava em perseguição a um carro modelo Prisma, suspeito. Os policiais estavam na Avenida das Torres, na região do Uberaba quando o Prisma acelerou para fugir. A perseguição durou alguns minutos até o acidente. O Prisma não foi mais encontrado.