Alberto Melnechuky
Os corpos de Samuel e Danilo foram descobertos por transeuntes.

Dois jovens foram executados a tiros no interior do Gol placa LNM-9803, na estrada do Rio Verde, em Campo Largo, na tarde de sábado. O motivo do crime e a autoria são desconhecidos da polícia. Samuel Nunes Pereira dos Santos, 18 anos, era o condutor do veículo e Danilo de Brito, 22, estava no banco do passageiro.

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Por volta das 17h30, transeuntes passaram pelo local e acharam estranho o fato do Gol estar batido no barranco à margem da pista, e abandonado com o motor ligado e os vidros parcialmente abertos. Ao chegarem próximo do veículo, os corpos dos jovens foram vistos caídos nos bancos dianteiros e, imediatamente, a Polícia Militar foi acionada.

Balaços

Samuel foi executado com três tiros que o acertaram no pescoço e na cabeça. Já Danilo foi alvejado por sete tiros. Dentro do veículo foram recolhidos projéteis de pistola calibre nove milímetros. De acordo com a análise preliminar da perícia, a execução aconteceu naquele local e os tiros foram efetuados do lado externo do veículo. Provavelmente mais de uma pessoa participou do crime.

As vítimas portavam documentos de identificação e telefones celulares, que foram apreendidos e encaminhados para a perícia. De acordo com o perito, nos dois aparelhos haviam mais de 30 chamadas não atendidas. No local foi apurado que Danilo tem antecedentes criminais e que um irmão dele estaria preso. Nenhuma arma foi encontrada com as vítimas.

Carro

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Conforme o cabo Eustáquio, da PM, o Gol não possuia alerta de furto ou roubo, no entanto apresenta um problema na identificação da placa. Durante o levantamento dos dados do veículo, consta que o Gol, placa LNM-9803, pertence ao município de Céu Azul. No carro apreendido, a placa é de Cerro Azul.

Os corpos dos jovens foram encaminhados ao IML de Curitiba e liberados por familiares durante a madrugada. No IML consta que Danilo trabalhava como tecelão e morava no bairro Ouro Verde, em Campo Largo. Já Samuel era garçom e morador no bairro Bom Jesus, também naquele município.

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Um tapa. mais duas mortes

Giselle Ulbrich

Um tapa desferido por causa de uma garota foi suficiente para que Joaquim Teixeira de Lara, 30 anos, e Márcio José de Souza Freitas, 24, perdessem suas vidas na manhã de sexta-feira, por volta das 10h. Eles trabalhavam em um carregamento de pinus, na localidade de Morro Grande, município de Cerro Azul, quando um homem chegou com o filho ao local e atirou contra os dois trabalhadores.

Joaquim morreu na hora, caído à beira da rodovia que liga Cerro Azul e Tunas do Paraná, com dois tiros nas costas. Márcio levou um tiro nas nádegas e ainda conseguiu fugir, atravessando um riacho e em seguida entrando em um matagal. Porém, devido a sua pouca mobilidade, por causa do ferimento, os assassinos o alcançaram e terminaram de matá-lo a golpes de faca. Quem contou como aconteceu a tragédia foi Miguel Freitas, pai de Márcio, que ainda apontou os nomes dos autores.

Motivo

Miguel ouviu comentários de que no último dia 18, um sábado, Márcio ou Joaquim -não se sabe qual dos dois – havia dado um tapa na orelha de um rapaz, morador da localidade, filho de Arielson Vale, por causa de uma moça. O motivo pelo qual os rapazes se desentenderam pela garota é desconhecido e Miguel sabe apenas que desde então os dois vinham sendo ameaçados, e que quase levaram golpes de facão dias antes. As ameaças terminaram com o duplo homicídio, dentro do carregamento de pinus. "Não tenho certeza do motivo, pois são comentários que ouvi. Também não estou defendendo o Arielson e o filho dele, mas eles são gente boa e não entendo porque fizeram isso por causa de um tapa", desabafou o pai de Márcio. A delegacia de Cerro Azul trabalha para capturar os homicidas e esclarecer o motivo do crime.