Jovens executados a tiros em frente a bailão

Três amigos, que festejavam o aniversário de um deles, foram assassinados às 5h de ontem em frente ao Sertanejo Country Bar, também conhecido como Bailão da Pedra, na esquina das ruas Waldemar Cavanha e Raul Pompéia, Fazendinha. Dois homens surpreenderam Djalma Campos, 22 anos, Ivaldo Amaro, 24, e Emerson Clayton André, 30, conversando com duas mulheres num terreno baldio que serve como estacionamento e os executaram com vários tiros de pistola. A polícia não identificou os matadores e as primeiras pistas apontam para crime passional.

Durante a noite de sábado e a madrugada de domingo, as três vítimas e muitos convidados participaram de um churrasco numa residência no Conjunto Caiuá, Cidade Industrial. Era a comemoração do aniversário de Djalma, dono da casa, que completava 22 anos ontem. Às 4h30, o anfitrião, acompanhado de Ivaldo, Emerson e um quarto conhecido, apanhou seu Fiat Tempra azul DQK-6252, de Campo Largo, e esticou a festa no Bailão da Pedra.

Somente Emerson e Ivaldo teriam permanecido alguns minutos no estabelecimento – Djalma e o outro amigo ficaram no carro. De acordo com testemunhas, os dois primeiros voltaram e começaram a conversar com duas mulheres ao lado do Tempra. Repentinamente dois homens, que teriam saído do bailão, aproximaram-se dos rapazes e começaram a atirar.

Sobrevivente

O aniversariante, sentado no banco do motorista, levou três tiros; Inaldo foi baleado duas vezes na cabeça e uma no peito; e Emerson foi atingido por dois disparos na cabeça e dois no peito, além de tomar um pisão nas costas já caído no chão. Todos morreram no local.

Uma testemunha disse que escutou somente alguém gritar “vagabundo” antes dos disparos. Os proprietários do bailão pediram para os presentes se retirarem e fecharam a casa após o triplo assassinato. Os autores, que vestiam jaquetas pretas, fugiram com rumo ignorado.

O quarto amigo, cujo nome é mantido em sigilo pela polícia, salvou-se porque dormia no banco de trás do Tempra, revestido por película protetora escura (insulfilm). Ele não foi ferido e pouco depois do crime prestou depoimento na Delegacia de Homicídios. A especializada só deve divulgar hoje o teor das declarações do sobrevivente.

Todas as vítimas moravam no Caiuá e nenhuma tinha passagem pela polícia – Emerson, casado e pai de três filhos, era eletricista; Ivaldo, pintor, e Djalma estava desempregado. O passado dos amigos reforça a hipótese da relação do crime com as mulheres que falaram com Ivaldo e Emerson. “Deduzimos que tentaram namorá-las”, acredita o investigador Jaci, da DH.

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