Os oito moradores detidos numa festa de aniversário no bairro Quissisana, em São José dos Pinhais, durante operação da Polícia Militar no fim de semana, compareceram ontem à delegacia do município, para prestar depoimento. No domingo, eles assinaram termo circunstanciado por dano ao patrimônio público.

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O chefe de investigação, Roberto de Miranda, informou que os detidos serão encaminhados para exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML) para confirmar se houve abusos da PM.

A confusão ocorreu na madrugada de domingo e começou por causa do som alto. Segundo a polícia, 13 pessoas foram feridas, entre elas Luciovaldo Eugênio Paceli, 27 anos, que foi autuado em flagrante pela PM por desacato, resistência à prisão e danos ao patrimônio público e liberado em seguida.

Segundo Miranda quatro precisaram ser hospitalizadas. “Um rapaz foi encaminhado em estado grave, com fratura no crânio, mas recebeu alta ontem do hospital”, contou.

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Bombas

Testemunhas disseram que policiais da Rotam (Rondas Ostensivas Tático Móvel) teriam usado bombas de efeito moral, espingardas calibre 12, balas de borracha e cassetetes contra os convidados da festa, ocorrida no interior de uma residência, na Rua Pedro Laska.

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Os PMs invadiram a casa, por volta de meia-noite, depois que um dos participantes atirou um tijolo na viatura. Segundo freqüentadores, os PMs teriam quebrado um portão de madeira e passaram a agredir os convidados com pedaços de pau.

Em nota oficial à imprensa divulgada ontem, o comandante do Policiamento na Capital, coronel Jorge Costa Filho, determinou a abertura de Inquérito Policial-Militar (IPM) para verificar possíveis abusos durante a operação. A nota informa que quem agiu de forma irregular será responsabilizado e o processo será encaminhado ao Ministério Público.