Com um tiro nas costas, Edmilson Aparecido de Paula, 23 anos, vulgo “Nilsinho”, foi encontrado morto às 12h30 de ontem à margem de uma estrada de terra em um terreno baldio, a aproximadamente 50m da esquina das ruas dos Palmenses e Águas do Passaúna, Morro do Juramento, na Cidade Industrial. Policiais do 13ºBPM atenderam à ocorrência mas não conseguiram obter muitos detalhes, pois o local é bastante deserto. Segundo o sargento Honorato, não há informações sobre os autores nem o motivo do crime. Apenas uma senhora -que se intitulou tia da vítima – disse que ele era usuário de maconha. “Foi comentado que por volta das 9h30 dois indivíduos passaram na residência de Edmilson com um Passat bege e o pegaram para dar uma volta”, disse o PM.
Roubo
Enquanto eram realizados os trabalhos de coleta de dados pelas policias Civil e Militar, um comerciante da região apareceu e identificou o morto como sendo um dos assaltantes que invadiu o seu estabelecimento horas antes. De acordo com Cornélio Oliveira da Silva, às 9h50, o supermercado dele, que fica na Vila São José, foi invadido por dois homens, um deles armado. “Eles deram voz de assalto e levaram aproximadamente 300 reais. Tinha um outro esperando a dupla do lado de fora”, explicou o comerciante. Segundo comentários de testemunhas, o grupo fugiu em um Passat.
No local onde estava o corpo do rapaz, o comerciante o reconheceu como um dos participantes do roubo ocorrido pela manhã. Como o horário e os dados repassados por Cornélio coincidem com os poucos obtidos anteriormente, os PMs chegaram a conclusão de que Edmilson teria sido morto durante a divisão do produto roubado.
Detidos
Horas depois, milicianos do 13.o BPM detiveram um garoto, de 16 anos, que confessou ter participado do assalto. Segundo ele, Edmilson foi baleado ainda com o produto do roubo nas mãos, enquanto os dois fugiam em direção ao carro. “Temos informação de que o Passat era dirigido por Adir Modesto da Cruz, 30 anos”, comentou o sargento Odenir, que deteve também a mulher do suspeito, por ela ter se recusado a colaborar com a polícia. Tereza, 32, disse que não ajudou porque, para ela, o companheiro saíra para trabalhar pela manhã.
O tiro que matou Edmilson teria vindo de uma pessoa que estava em um portão, próximo ao mercado assaltado. O garoto contou que teve de ajudar o comparsa a entrar no carro, mas ele já estava agonizando. “Quando ele morreu, o motorista disse que a gente tinha que dispensá-lo”, relatou, completando que ficara na esquina, enquanto o corpo era jogado no terreno baldio.
