O suposto furto de um copo de dentro de um bar custou a vida do pedreiro Emerson Gonçalves Bueno, 23 anos. Ele foi morto com um golpe de faca certeiro em seu coração, em frente ao bar Terraço, na Rua Pedro Gusso, no Novo Mundo, às 4h de ontem. O assassinato do rapaz, que teria sido cometido por um funcionário do estabelecimento, gerou revolta nos seus amigos e uma confusão generalizada tomou conta do lugar. A situação só foi normalizada com a chegada de policiais militares do 13.º Batalhão. O autor do crime não foi encontrado e está foragido.
De acordo com o relato de testemunhas aos investigadores da delegacia de Homicídios, havia uma grande movimentação de pessoas no interior da casa e também fora dela. Em um determinado momento, um segurança do bar teria acusado Emerson, já do lado de fora do estabelecimento, de ter furtado um copo. Foi o estopim para o início de uma briga generalizada envolvendo o pedreiro e seus amigos contra seguranças do bar.
Versões
Um garçom ou segurança conhecido por “Baiano”, armado com uma faca teria partido para cima de Emerson e desferido um único pontaço. Foi o suficiente para o pedreiro cair morto na calçada. Em seguida, os seguranças voltaram para o interior do estabelecimento.
Existe ainda a versão de que Emerson foi esfaqueado ao tentar apaziguar uma briga. Após desferir a facada, “Baiano” se refugiou no interior do bar e os seguranças da casa tentaram resolver a situação à bala.
Revolta
Indignados com a atitude dos funcionários do bar e vendo o colega morto, os amigos de Emerson começaram a apedrejar o local, conforme consta no boletim de ocorrências da Delegacia de Homicídios. Para tentar apaziguar a situação, um segurança foi até o terraço do estabelecimento, sacou uma arma (pistola 380) e passou a desferir tiros.
A Polícia Militar chegou e conseguiu colocar “ordem na casa”. Identificou o atirador, Ricardo, e o encaminhou ao 8.º Distrito Policial (Portão), para prestar esclarecimentos sobre o porquê dos disparos e a legalidade da arma. O autor do homicídio não foi localizado.
Colegas da vítima afirmaram que Emerson não costumava se meter em confusão e nem tinha o costume de sair à noite. Antes de ser morto, havia sido chamado pelos colegas para uma noitada de diversão.
