Jovem morre esfaqueado em Campo de Santana

Quase degolado e com várias facadas pelo corpo, Carlos Alberto Hortemayer, o Carlão, de 29 anos, foi assassinado na madrugada de sábado, em uma casa na Rua Ângelo Tosin, em Campo de Santana, zona sul de Curitiba. O corpo foi encontrado por sua mãe, que mora a poucos metros do local, às 7h da manhã do mesmo dia. O autor do crime, segundo moradores da região, é um rapaz chamado Vosney, mais conhecido como Baixinho, 22, que fugiu após o crime.

A mãe da vítima, Maria Ivanir Hortemayer, contou que o filho estava em casa quando Vosney foi até chamar Carlos para dormir em sua casa. Ela disse que o filho fazia bicos e no sábado para manhã iria para Piraquara acertar um serviço. “Ele foi dormir na casa do Baixinho, mas pediu para que eu o chamasse de manhã”, contou Maria Ivanir. Ela disse que só então descobriu que o filho estava sem vida.

Irmão assassinado

Maria estava inconformada. Ela disse que este é o segundo filho que é assassinado. No dia 8 de outubro de 1999, seu outro filho, Nelson Hortemayer, 22, foi morto no Boqueirão. “Agora só me restam dois”, salientou a mulher.

Um dos irmãos de Carlos, Sandro ficou completamente descontrolado ao saber que Carlos havia sido assassinado. Embriagado, gritava pelas ruas: “Vou matar quem fez isto com meu irmão. Vou tocar fogo nesta casa”, ameaçava.

Bom rapaz

Pedro Cardoso de Lima, morador nas proximidades, informou que Carlos era um bom rapaz e se dava bem com os vizinhos. “O único problema é que ele gostava de cachaça”, relatou. Quanto a Vosney, Pedro contou que na casa funciona uma empresa de gesso e o rapaz era caseiro. “Ele se mudou há duas semanas. Parecia uma boa pessoa e trabalhador. Ontem a tarde chegou o caminhão carregado de gesso, ele descarregou. Depois não o vi mais”, disse.

Crime

A cozinha da casa onde ocorreu o assassinado ficou coberta de sangue. Havia manchas na geladeira, nas paredes, no chão. Além de copos quebradas e manchados com sangue e uma calça e uma camiseta, que provavelmente pertença ao autor do crime, jogada no chão.

De acordo com o perito Adilson, da Polícia Científica, a briga entre a vítima e o autor começou no quarto. O colchão no chão estava manchado com sangue e ao lado havia um facão de cozinha. Analisando o local, o perito deduz que os primeiros golpes foram dados no quarto, na barriga e na perna. A vítima tentou escapar e correu para a cozinha, sendo perseguida pelo autor e deixando rastros de sangue pela moradia e pedaços de cabelo. Carlos caiu na lavanderia ferido. Para concluir o assassino ainda serrou o pescoço e parte da cabeça de Carlos com um serrote.

O serrote foi deixado em cima da geladeira, manchado de sangue. O perito calcula que o autor trocou a roupa antes da fuga.

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