O som de uma arma sendo engatilhada interrompeu a conversa de amigos e, no momento em que se virou para ver de onde vinha o barulho, Jean Marcel Batista de Oliveira, 17 anos, foi baleado. Ele morreu junto ao meio-fio da Rua Alexandre Possebom Filho, Jardim Urano, em São José dos Pinhais, às 18h20 de ontem, ainda à luz do dia. O jovem tinha acabado o ensino médio e um dia antes fizera a carteira de trabalho.
O assassino de Jean não receou ser reconhecido por testemunhas e quem estava pela rua disse nunca tê-lo visto pelo bairro. Segundo relato dos soldados Melo e Dudcoschi, do 17.º Batalhão da Polícia Militar, ele chegou em uma motoneta Biz acompanhado de outro indivíduo. A PM conseguiu a placa do veículo e passou a procurá-lo pelas redondezas.
Tiros
Jean, como de costume, conversava com um amigo a poucos metros de sua casa, na rua em que freqüentemente jogavam bola. Enquanto isso, a Biz parou na esquina e um rapaz andou em direção da vítima, tirando a arma da cintura. Quando Jean se virou, foi atingido por dois tiros, um no rosto e outro no peito.
O assassino voltou andando para a motoneta e desapareceu. Uma criança, que também presenciou o crime, correu para casa, assustada. Conforme informado pela PM o assassino é alto, magro, moreno e usava calça jeans preta e jaqueta de tecido da mesma cor. Também tinha o cabelo raspado, mas era possível ver alguns fios descoloridos.
Mistério
De acordo com amigos de Jean, ele era um rapaz tranqüilo e com hora marcada para entrar em casa. “Ele não ia em festas e só jogava bola com a gente, aqui na rua”, relatou um garoto. Segundo ele, Jean tinha feito a sua carteira de trabalho no dia anterior e concluíra o ensino médio.
Em princípio, não haveria nenhum motivo que levasse o adolescente a ser jurado de morte, mas o bandido foi procurá-lo e atirou sem dizer nada. O amigo com quem ele conversava não foi atingido, nem ameaçado.