Jefferson Borges dos Santos, 21 anos, ficou pouco mais de um mês em liberdade. Recolhido até 21 de junho na Prisão Provisória de Curitiba, no Ahu, ele foi morto a tiros e encontrado às 6h30 de ontem, numa valeta entre as ruas Campo do Tenente e Arapongas, no Jardim Eucalipto, em Colombo. O caso, suspeita a polícia, pode estar ligado com o assassinato de um primo dele, cometido dois dias antes.
Jefferson foi preso por tráfico de drogas, pela delegacia do Alto Maracanã, antes de transferido para o Ahu. Segundo o superintendente da delegacia, Job de Freitas, o acusado estava condenado até 2009, mas deixou a cadeia em liberdade condicional.
O ex-presidiário foi visto em um bar, próximo ao local do crime até a meia-noite de ontem, horário em que o irmão que o acompanhava voltou para casa. No meio da madrugada, a Polícia Militar recebeu a denúncia de um tiroteio e foi à região, mas não encontrou ninguém.
Valeta
Aquele foi o provável momento do crime. Baleado nas costas, Jefferson possivelmente correu e caiu na valeta – por isso o corpo não foi encontrado pela PM no local dos disparos. Enquanto liberava o corpo no Instituto Médico Legal, a mãe dele, Maria de Lourdes dos Santos, contava que Jefferson acabara de arrumar emprego. “Ele dizia que era ameaçado de morte pela polícia. Por isso, eu não queria que saísse de casa”, lamentou a mãe.
Na madrugada de sábado, o primo dele, Fernando Luís Coiasqui, 21 anos, foi morto a tiros na Rua Antonina, Jardim Guaraituba, também em Colombo. A família confirma que Fernando era viciado em drogas e estava envolvido com furtos – chegou a tirar objetos de dentro de casa para trocar por entorpecentes. O histórico das vítimas indica uma relação entres os dois casos e o tráfico. “É possível que as mesmas pessoas mataram os dois rapazes”, falou Job.