Um desvio na rotina regrada de uma jovem, conhecida por boa parte dos moradores do Bairro Novo, Sítio Cercado, deixou todos desesperados na noite de quinta-feira (28). Familiares e amigos começaram a procurar pela garota e a encontraram morta, na manhã de ontem (1°), em um matagal entre o trilho do trem e um riacho na Rua Clemente Mendes Ferreira, no mesmo bairro.
Aos 18 anos, Mônica Felício do Nascimento já era auxiliar de professora no Colégio Adventista, cantava no coral da igreja com o namorado, e estava com o casamento marcado para maio. Os convites para o chá de panela já estavam prontos. Na quinta-feira, assim que saiu do trabalho, ela foi a um salão de beleza, de onde saiu por volta das 20h30, e não foi mais vista.
Parentes e amigos passaram a procurá-la, pois a jovem não atendia ao celular. Porém, às 7h, um morador encontrou o corpo de Mônica no matagal, próximo do salão. Os vizinhos disseram ter ouvido uma mulher gritar “socorro! Pensa na minha família!”, por volta das 23h. Outros, que viram um casal chegar de moto na rua e depois ouviram os mesmos gritos.
Todos relataram que, com medo de sair de casa, acionaram a Polícia Militar. Uma viatura teria patrulhado a região, mas como a vítima estava no meio do mato, não foi encontrada.
Perícia
De acordo com a perita Jussara Joeckel, a jovem não tinha nenhuma marca de violência, sequer de asfixia ou de abuso sexual. Devido a esses indícios, o delegado Rubens Recalcatti, titular da Delegacia de Homicídios, não acredita em um assassinato. O cadáver, entretanto, estava em uma área de mato alto, como se alguém o tivesse escondido.