Há apenas um mês em Curitiba, Bruno Conrad Becker, 23 anos, foi assassinado ontem, com um único tiro no rosto, que saiu na nuca. Eram 14h30, quando ele e o assassino tiveram rápida discussão em um beco da Rua Américo Pasini, favela da Rocinha, no Cajuru, perto da casa da vítima. O assassino fugiu e ninguém quis dar informações à polícia. Ele seria morador na vila.
A aglomeração de pessoas no local de crime, como é normal, não ocorreu desta vez. Pelo contrário, moradores procuravam se afastar e a rua, que estava cheia, principalmente por causa de bares nas esquinas, ficou vazia rapidamente. “A população tem medo de ser vista falando com a polícia. Pedimos que liguem anonimamente, caso tenham alguma informação do homicida”, disse o tenente Roberto, do 20.º Batalhão da Polícia Militar. O motivo do crime ainda é desconhecido.
Sobrevivente
Bruno já esteve preso, porém, recebeu alvará de soltura há alguns meses. A PM não informou o motivo da prisão. O rapaz veio de Rolândia, a 24 quilômetros de Londrina, no norte do Estado. Lá, ele já havia sobrevivido a um atentado, em setembro de 2011.
Bruno retornava do supermercado com várias sacolas de compras. Seguia de carona com um amigo, em um Fiat 147. No caminho para casa, dois homens em uma moto encostaram ao lado e um deles atirou com uma pistola 9 milímetros. Bruno foi ferido nas pernas e na barriga e, segundo socorristas, escapou por pouco da morte.
O beco do Cajuru, onde foi morto ontem, foi cenário de outro homicídio. Em 6 de dezembro um homem, de 72 anos, foi assassinado a tiros pelo pai de uma menina, supostamente abusada pela vítima.