O procurador da Justiça Dartagnan Cadilhe Abilhoa, da Promotoria de Investigação Criminal, continua investigando o caso da cooperativa de bicheiros "estourada" anteontem pela Polícia Militar, no Hugo Lange. Osni Manoel Tavares, 63 anos, apontado como um dos banqueiros responsáveis pela cooperativa, foi levado à PIC, junto com mais de 100 funcionários. Eles assinaram termo circunstanciado e foram liberados, depois de ouvidos.
O local, entre as ruas Doutor Goulin e Alberto Bollinger era investigado há quatro meses pela PIC, que procurava evidência de envolvimento de policiais militares e civis com o jogo do bicho, na formação de uma milícia armada. Porém, nenhum indício da milícia foi localizado até agora. Abilhoa acredita que a informação sobre a operação da polícia pode ter chegado aos bicheiros e as provas terem sido eliminadas. "É público e notório que a cooperativa não funcionava sem a conivência da polícia", comentou o procurador.
Foram apreendidos no barracão onde funcionava a cooperativa vários blocos, canhotos e envelopes relativos a apostas, R$ 15 mil em dinheiro e R$ 4 mil em cheques e moedas, além de um mapa da cidade, no qual estavam marcados os pontos de aposta.
