Centro de Curitiba

Italiano é baleado na cabeça no centro de Curitiba

O italiano Antônio Giovanni Rossi, 34 anos, foi baleado na cabeça quando voltava do almoço, pouco antes das 14h desta quinta-feira (21), na Rua Emiliano Perneta, quase esquina com a Rua Lamenha Lins, centro de Curitiba. Ele estava acompanhado do irmão, quando os dois supostamente foram alvo de assaltantes. A vítima foi encaminhada pelo Siate ao Hospital Evangélico, onde permanecia internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com quadro extremamente grave, de acordo com a assessoria de imprensa do hospital.

Testemunhas relataram que os irmãos deixavam um restaurante na Rua Emiliano Perneta, quando um dos marginais saiu de um Golf, parado na esquina, e foi ao encontro deles. As vítimas estavam na calçada prestes a atravessar a rua, quando o criminoso se aproximou e puxou Antônio à força para o outro lado da Emiliano Perneta. O irmão da vítima tirava o relógio do pulso para entregar ao bandido quando ele atirou na cabeça de Antônio. A assistente administrativa Pamela Dell’Antônia estava dentro do carro com a filha, de 7 anos, estacionado na rua em frente de onde o italiano foi baleado. “Quando ele mostrou a arma, eu fechei os vidros do carro e me tranquei dentro. Felizmente minha filha estava dormindo e não viu nada”, disse.

Transtornado, o irmão de Antônio, também italiano, gritava e chorava bastante, criticando e xingando o Brasil na sua língua. Ele veio para Curitiba de férias e chegou ao país há cerca de 20 dias. “Não é possível. Acontecer isso em plena tarde”, lamentava. Ele foi acalmado pelo delegado Rubens Recalcatti, que esteve no local com investigadores da Delegacia de Homicídios, na tentativa de coletar informações sobre os criminosos e câmeras que tenham flagrado a ação.

Segundo testemunhas, o suspeito que atirou é moreno e usava um boné preto, blusa cinza e preta de lã. Ele e os comparsas fugiram no Golf preto que estava parado na esquina e que era rebaixado, com teto solar e lanternas alteradas.

Síndico, briguento, e mulherengo

Antônio mora há dois anos no Brasil e é síndico de um prédio a cerca de 200 metros de onde foi baleado. Conforme o delegado Rubens Recalcatti, por enquanto, não é possível afirmar se o italiano reagiu ao assalto ou foi vítima de tentativa de homicídio. “Há informações de que ele era uma pessoa ranzinza, que arrumava confusão fácil e também gostava de mulher”, disse o delegado.

Rogério Henrique Sabelha, zelador do prédio onde o estrangeiro mora, disse que nunca teve problemas com Antônio. “Faz oito meses que trabalho no prédio. Ele era muito tranquilo”, disse. Um estudante, vizinho da vítima, preferiu não dizer se o síndico tinha problema com algum inquilino. “Ele tinha um sotaque italiano. Tem pessoas que não entendem o jeito italiano, essa maneira diferente de falar, mais agressiva”, argumentou.

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