Dois irmãos acusados de integrar uma quadrilha especializada em, receptação e roubo de cargas foram presos por agentes da Polícia Federal, na manhã de ontem. Jonas Bento dos Reis, 38 anos, foi ferido com um tiro no ombro , na Cidade Industrial de Curitiba(CIC). Luiz Osório Bento dos Reis, 29, foi preso em Colombo.
Segundo a Polícia Federal, os irmãos tinham a função de furtar e roubar caminhões e carros e depois levá-los até locais combinados previamente definidos pelo grupo. As duas prisões fazem parte da Operação Asfalto Limpo, desencadeada na semana passada pela Polícia Federal. Até agora 15 pessoas já estão atrás das grades.
Prisões
Os policiais foram até a casa de Jonas na manhã de ontem. Ao perceber a presença dos agentes o homem tentou fugir, pulando muros, com uma pistola calibre 45 nas mãos. Os agentes deram voz de prisão e ordenaram que ele largasse a arma. Porém, ele não obedeceu e foi contido por um tiro. Mesmo ferido, Jonas não soltou a arma e tentou escapar, mas foi dominada pelos federais. O assaltante foi socorrido pelo Siate e conduzido ao Hospital do Trabalhador. Após medicado, ele foi levado à Superintendência da Polícia Federal.
Na casa de Jonas, os agentes apreenderam munição, facas, chaves e farta documentação de veículos. Segundo a PF, ele já tem passagens por furto, roubo e estelionato e usava documentos falsos em nome de Jones dos Reis.
Outro
Também na manhã de ontem, os agentes prenderam o irmão de Jonas. Luiz Ozório Bento dos Reis, em Colombo. Ele estava de posse de uma pistola Bersa calibre 22, uma espingarda calibre 40, dois rádios de comunicação, cinco rádios AM/FM e cinco chaves de veículos.
Operação
Na semana passada, agentes da Polícia Federal prenderam três quadrilhas especializadas em roubos de cargas, durante a Operação Asfalto Limpo. De acordo com a PF, as investigações foram feitas por seis meses, após a prisão do ex-policial civil Nivaldo de Jesus, considerado um dos chefes do esquema. Os trabalhos apontaram que as quadrilhas eram interligadas e agiam no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso. Os grupos também atuavam em diversas modalidades. Uma parte transportava carretas após a adulteração de documentos e chassis para o Mato grosso e depois para a Bolívia, onde os veículos eram vendidos ou trocados por drogas. Já no Paraná e Santa Catarina, os grupos vendiam os caminhões após a adulteração. Já as cargas roubadas eram distribuídas na Região Metropolitana de Curitiba e em Joinville (SC).