Investigador é julgado por homicídio

Na próxima segunda-feira, o réu da sessão pública do Tribunal do Júri será um policial civil, acusado de homicídio. Osvaldo Alves da Veiga será julgado por um crime cometido há doze anos. Na noite de 28 de outubro de 1990, ele matou Daniel Freitas Simões, na época com 29 anos. A vítima era acusada de roubo e tráfico de drogas.

O caso começou quando o representante comercial Antônio Lins Cordeiro prestou queixa no 6.º DP (Cajuru), acusando Daniel de ter roubado um teclado eletrônico de uma igreja e tentado vender o objeto furtado para ele por um preço baixo. Antônio, desconfiado, teria se recusado a atuar como receptador do roubo. Irritado, Daniel teria agredido violentamente o representante comercial, que chegou a ser levado para o hospital. Depois de ser medicado, Antônio registrou a queixa na delegacia.

Reação

O investigador Veiga, lotado naquela DP, saiu então à caça de Daniel – que, segundo ele, era traficante e já tinha sido preso anteriormente por furto. O policial ficou de campana em um matagal, perto de onde tinha sido jogado o teclado eletrônico furtado, conforme Antônio havia apontado. Posteriormente, ao relatar o crime, Veiga contou que ao chegar ao local para pegar o objeto furtado, Daniel teria reagido à voz de prisão e por isso foi baleado. Com a vítima foram apreendidos um revólver calibre 38, com quatro balas intactas e uma deflagrada, pequena quantidade de maconha e dois papelotes de cocaína.

Veiga, que responde ao crime em liberdade, será defendido pelo advogado Elias Henrique da Silva Souza. Na acusação do júri, presidido pelo juiz Fernando Ferreira de Moraes, atuará o promotor Celso Luiz Peixoto Ribas.

Absolvidos

O julgamento de um caso complicado, envolvendo três réus, duas vítimas, briga por ciúme e várias pessoas da mesma família, tomou todo o dia de quinta-feira e se estendeu até as 3h da madrugada de ontem, quando o juiz Fernando Ferreira de Moraes proferiu a sentença. A pedido do próprio promotor Celso Luiz Peixoto Ribas, os réus Dorival de Morais, Paulo Bianchi e Ayres Moura Barbosa foram absolvidos da acusação de homicídio. Os três respondiam em liberdade pelo crime, ocorrido em janeiro de 1997.

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