Um homem com extensa ficha criminal, investigado por pelo menos dois homicídios, foi morto a tiros na invasão 29 de Outubro, no Caximba, na noite de sábado (29). A polícia acredita que o crime tenha sido motivado por vingança.
Moradores da região ligaram duas vezes para a Polícia Militar informando uma troca de tiros, por volta de 20h. Assim que a equipe chegou à rua estreita onde acontecia a confusão, encontrou Samuel Muniz dos Reis, 27 anos, morto. Ele foi atingido por dois tiros na cabeça e na lateral do peito. Ninguém viu o atirador.
Familiares declararam aos investigadores da Delegacia de Homicídios (DH) que Samuel era usuário de drogas desde os 12 anos e atualmente morava no Sítio Cercado com a esposa. Ele teria ido à área de invasão para visitá-los, e, pouco antes de ser assassinado, saiu para entregar um DVD a um amigo conhecido como “Véio”.
De acordo com as investigações da polícia, Samuel recebeu várias ameaças de uma gangue denominada “Comando”, e tinha dívidas com traficantes. Além disso, já esteve preso por tráfico de drogas e, em 2008, foi detido por furto. Ele já havia conquistado o benefício do regime aberto e, portanto, tinha autorização da Justiça para estar nas ruas.
Suspeito
Entretanto, a polícia acredita que o verdadeiro motivo da morte de Samuel não tenha relação com o tráfico de drogas ou com os crimes pelos quais ele já cumpriu pena. A morte dele pode se tratar de uma vingança, já que ele era investigado em dois inquéritos de homicídios de pai e filho, na mesma área de invasão.
Admilson Carraro Vieira Silva, 29, foi decapitado e enterrado em uma cova rasa no dia 4 de setembro. Menos de uma semana depois, o pai dele, Amaro Vieira da Silva, 64, teve o pênis decepado e foi degolado dentro de casa.
O órgão genital foi colocado dentro da boca da vítima e o assassino deixou a inscrição X9 no corpo, indicando que Amaro “dedurou” alguém. De acordo com o delegado Rubens Recalcatti, titular da DH, testemunhas já declinaram à polícia que Samuel é um dos envolvidos nos dois crimes.